Dependência da Ásia em chips
A União Europeia anunciou nesta terça-feira (8) um plano de investimentos para a indústria de semicondutores na região, em uma iniciativa que vai movimentar cerca de 45 bilhões de euros — cerca de R$ 270 bilhões em conversão direta de moeda — até 2030.
Ao todo, o European Chips Act será formado de um investimento de 30 bilhões de euros já anunciado pela União Europeia e mais 15 bilhões de euros em uma combinação de verbas públicas e privadas. O objetivo do plano é reduzir a atual, dependência da Ásia em chips, das fabricantes europeias de vários segmentos de eletrônicos em relação a fornecedoras de chips da Ásia.
Além disso, leis de subsídio na região devem ser revistas na tentativa de chamar empresas a instalarem fábricas de chips ou ampliarem indústrias já existentes.
Independência e crescimento
O plano, entretanto, ainda precisa ser aprovado por comissões especializadas e no parlamentou europeu. A ideia da UE é ter 20% do mercado global de semicondutores em oito anos, dobrando a atual fatia no setor.
Além disso, ela quer ser menos impactada em eventuais futuras crises de escassez como a que atualmente atinge o setor de tecnologia — e que, apesar de ser causada por uma série de motivos, envolve principalmente a presença de poucas grandes empresas controlando fábricas pouco espalhadas pelo planeta.
O governo dos Estados Unidos também já anunciou planos parecidos, com investimentos de larga escala e maior proximidade com fabricantes do setor — caso da Intel, que anunciou a construção de duas fábricas de microchips no país por US$ 20 bilhões para os próximos três anos.