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Mercado de Lubrificantes no Brasil
O mercado de lubrificantes do Brasil teve um desempenho extraordinário no 1º trimestre de 2021, com um volume total de 381.863 m3, surpreendendo pelo recorde histórico, principalmente devido ao volume nunca antes visto em um único mês, apresentado por março, equivalente a 139.660 m3.
O volume de vendas de lubrificantes do 1º trimestre de 2021 foi mais alto em 17,1% do que o mesmo período de 2020. Como já era o início da pandemia no ano passado, foi feita comparação com o 1º trimestre de 2019, e o aumento foi de 14,5%. Deve-se considerar que 2019 foi um ano de grande recuperação do mercado.
O destaque do período ficou por conta dos lubrificantes automotivos que cresceram nesses três primeiros meses a uma taxa de 10% ao mês. Os óleos para motores diesel tiveram um grande impulso também das vendas de caminhões, principalmente das exportações, e da grande atividade agrícola, o que está de acordo com a alta também expressiva do consumo do combustível diesel de quase 25% só no mês de março, com relação a fevereiro, e de 16,5% comparado a março de 2020.
Chama atenção também o crescimento das vendas de óleos na classificação de transmissão e sistemas hidráulicos definida pela ANP, que atingiu a marca histórica de 38 milhões de litros somente no mês de março, superior em quase 36% à média mensal dos últimos anos.
Market share
A participação de mercado das empresas de lubrificantes mostrou a Iconic liderando o grupo com 18.9%, seguida de BR com 16,7% e Cosan com 14,5%. Shell, Petronas, YPF e Castrol em seguida. Energis 8, Ultrax, Ingrax e Total continuam a lista.
Importações aumentaram
As importações de óleo lubrificante acabado também atingiram números recordes significativos, com um aumento de 42,8% sobre o 1º trimestre de 2020. A classificação em que se enquadram os óleos sintéticos foi o destaque do período.
Mas o principal foco das importações foram os óleos básicos, que fechou o trimestre com um volume de cerca 316,5 mil metros cúbicos, também o maior da história de um trimestre, que correspondeu a 58% de óleos básicos demandados no período.
Com todo o esforço feito pela refinaria de Duque de Caxias, a REDUC, no Rio de Janeiro, sua produção de 164,5 mil m3 correspondeu a 30% do mercado, enquanto o rerrefino supriu os 12% restantes.
Um futuro indefinido
As previsões das indústrias são as mais diversas. A automobilística se preocupa com a falta de peças e componentes eletrônicos, bem como com possível queda de vendas, com a redução da mobilidade ainda por conta da pandemia da Covid-19, mas ainda projeta um crescimento, embora fazendo revisões periódicas. O agronegócio promete continuar em altos patamares, assim como a mineração e outros segmentos.
As dificuldades políticas de se colocar a Economia em ritmo acelerado e os gastos contingenciais impostos pela pandemia também trazem incertezas quanto ao melhor desenvolvimento industrial do país.
Enquanto isso, as vendas de lubrificantes vão recuperando sua força, lembrando que esse mercado já alcançou o patamar de 1,5 milhão de metros cúbicos, em 2013 e, portanto, tem muito espaço ainda para crescer e superar aquela marca.
A revista Lubes em Foco continuará acompanhando esse desenvolvimento e trazendo essas informações ao seus leitores, bem como promovendo eventos que possam discutir e esclarecer cada vez mais todos os interessados, como está programado o 11º Encontro com o Mercado, na semana de 21 a 25 de junho próximo, já com inscrições abertas no website do Portallubes.
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