Emissões gasosas
As exigências que vêm sendo feitas pelos órgãos normativos em questões de emissões gasosas continuam a direcionar os projetos dos motores de combustão interna Ciclo Otto/Ciclo Diesel 4T e dos óleos lubrificantes.
Foram-se os dias em que a única função dos óleos lubrificantes nos motores de combustão interna Ciclo Otto/Ciclo Diesel 4T era manter separadas por uma película as superfícies metálicas dos componentes móveis.
Os avanços tecnológicos em motores de combustão interna Ciclo Otto/Ciclo Diesel 4T têm sido dramáticos nos últimos 25 anos, e a evolução continua em ritmo crescente. As razões para esse desenvolvimento acelerado incluem numerosos fatores, tais como inovações em materiais, sistemas e projetos etc. Porém legislações sobre emissões gasosas crescentemente restritivas têm sido, indiscutivelmente, o carro-chefe nos processos de inovação e o foco dos OEMs. Como consequência da necessidade de se reduzir a emissão de gases poluentes associada ao desejo de se melhorar a economia de combustível e a eficiência veicular, enquanto se reduzem os custos de operação, os óleos lubrificantes têm-se tornado componente essencial no projeto dos motores de combustão interna Ciclo Otto/Ciclo Diesel 4T.
Em face disso, é de se perguntar: que mudanças têm influenciado a química dos aditivos e a formulação dos óleos lubrificantes? Para que tenhamos uma resposta mais clara a essas questões, será necessário verificarmos como tem sido a evolução das regulamentações governamentais referentes às emissões de gases poluentes e os passos tomados pelos engenheiros de projeto para satisfazer tais exigências.
Em 1993, um novo conjunto de diretrizes foi introduzido na Europa destinado a reduzir as emissões de gases poluentes pelos sistemas de exaustão dos motores de combustão interna Ciclo Otto/Ciclo Diesel 4T (NOx, CO, material particulado sólido) tendo, como consequência, a legislação EURO I (a legislação atual é a EURO VI).
A redução nas emissões caminhou de mãos dadas com as exigências de mercado, visando à melhoria na potência de saída e, ao mesmo tempo, reduzir o consumo de combustível. Esse movimento tecnológico levou ao desenvolvimento e aprimoramento de novas tecnologias automotivas, tais como: Sistemas Multiponto de Injeção Combustível, turboalimentadores e taxas de compressão mais elevadas. Esses avanços tecnológicos têm possibilitado o aumento na densidade de potência e redução no consumo de combustível.
Em 1974, um veículo mediano tinha uma densidade de potência de saída por litro de combustível da ordem de 37 kW/l, as emissões de CO2 de 191 g/km e intervalo de drenagem do óleo lubrificante de 7.500 km, utilizando-se óleo lubrificante com grau de viscosidade SAE 15W-40. Em 1994, a densidade de potência de saída por litro de combustível tinha aumentado marginalmente para 39,6 kW/l, as emissões de CO2 tinham sido reduzidas levemente para 189 g/km e o intervalo de drenagem do óleo lubrificante tinha dobrado para 15.000, km utilizando-se produto com grau de viscosidade SAE 10W-40.
Leia o restante do artigo na revista LUBES EM FOCO – edição 77, apresentada abaixo: