Venda de pneus
A venda de pneus em junho somou 4,98 milhões de unidades, registrando pequena queda de 2,6% em relação a maio, melhor mês de 2019. No acumulado do ano o setor totalizou 29,2 milhões de unidades e crescimento de apenas 1% sobre o mesmo período do ano passado. Embora os negócios com as montadoras tenham registrado alta de 8,2% no período, com 8,2 milhões de unidades, o mercado de reposição, mais volumoso (20,9 milhões de pneus), recuou 1,5%. Os números foram divulgados pela Anip, entidade que reúne os fabricantes do setor.
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No caso dos pneus de passeio, a queda de 4,7% no mercado de reposição anulou o crescimento de 9,7% nas vendas para as montadoras. O mercado total de passeio (reposição e montadoras) somou 16,2 milhões de unidades, 0,3% a menos que na primeira metade de 2018.
Embora a Anip não comente o assunto, é provável que o mercado real de reposição (incluindo os pneus importados por não associados à entidade) tenha crescido no semestre, a exemplo do que vem ocorrendo com o aftermarket das autopeças.
O segmento de pneus de carga ainda encontra espaço para crescer em razão da alta de 51% na venda de caminhões e ônibus. O fornecimento de pneus de carga às montadoras somou no semestre 922,4 mil pneus, com alta de 36%. Na reposição dos pesados foram 2,8 milhões de unidades, resultando em leve queda de 1,4%.
Comerciais leves e motos
Os pneus para comerciais leves anotaram alta geral de 2,7%, com 3,8 milhões de unidades. As vendas para o mercado de reposição somaram 2,2 milhões de pneus e alta de 10%. Já o fornecimento para as fabricantes desse tipo de veículo caiu 6,1% ao somar 1,58 milhão de pneus.
Para as motocicletas a Anip continua fornecendo apenas os dados de reposição, que indicam 4,9 milhões de pneus e crescimento de apenas 0,6%. Segundo dados da Abraciclo, que reúne as fábricas de motos, a produção do setor no primeiro semestre teve 536,9 mil unidades, ou seja, uma demanda de mais de 1 milhão de pneus não divulgada pela Anip.
Superavit na balança comercial
A balança comercial mantém o cenário de meses anteriores, com o Brasil importando mais pneus do que exporta, mas os produtos vendidos ao exterior têm maior valor agregado e por isso o País teve saldo positivo de US$ 111,7 milhões no primeiro semestre.