Venda da Braskem
SÃO PAULO (Reuters) – O governo de Alagoas anunciou nesta sexta-feira que a procuradoria estadual abriu ação para evitar que a petroquímica Braskem seja vendida sem a unidade da companhia no Estado, que é alvo de acusações de ser responsável por crateras e rachaduras que comprometeram construções em três bairros de Maceió.
A Procuradoria Geral do Estado de Alagoas “quer assegurar o ressarcimento integral dos danos ambientais, patrimoniais, sociais e morais causados pela empresa ao meio ambiente, aos moradores e ao Estado na região dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió”, informou o governo estadual em comunicado à imprensa, citando que o “valor da causa é de 30 bilhões de reais”.
As ações da Braskem exibiam queda de cerca de 1 por cento às 15h32, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,8 por cento.
Venda da Braskem sem unidade alagoana
Nesta semana, o grupo europeu LyondellBasell desistiu de continuar negociando com a Odebrecht compra de participação de controle na Braskem. A empresa não informou o motivo da desistência. O fracasso na venda da petroquímica complicou a reestruturação financeira da Odebrecht, que tem 80 bilhões de reais em dívidas, fora de uma recuperação judicial, afirmaram três fontes com conhecimento do assunto na terça-feira.
“A Braskem não pode ser vendida segmentadamente: vender uma parte e deixar a parte de Alagoas para honrar a eventual reposição dos danos ambientais e a indenização para as famílias. Por isso, decidimos ingressar com a ação para que a empresa não seja vendida antes de resolver esses passivos ambientais e a indenização das famílias que residem do Pinheiro, Mutange e Bebedouro”, afirmou o governador de Alagoas, Renan Filho, no comunicado.