Indicadores de produção e emprego mostram recuperação

Pesquisa mostra que os empresários continuam otimistas e esperam o aumento da demanda, das contratações, da compra de matérias-primas e das exportações nos próximos seis meses

199

Índice de evolução da produção foi o maior

De acordo com a CNI, com o fim das encomendas de Natal, a queda da produção em janeiro é normal. Entretanto, o índice de evolução da produção foi o maior para o mês de janeiro desde o início da série mensal, em 2010. O indicador de número de empregados também é o maior para o mês de janeiro desde 2011, quando começou a série mensal. Também é a primeira vez que o indicador fica estável no mês.

Uso da capacidade instalada

Outro sinal positivo foi a utilização da capacidade instalada que alcançou 66% em janeiro. “O percentual supera o registrado no mesmo mês de 2018 e é o maior para o mês de janeiro nos últimos quatro anos”, diz a pesquisa. Os estoques também ficaram muito próximos do planejando pelos industriais.

Com a melhora do cenário, os empresários estão ainda mais otimistas. Os indicadores de expectativas de demanda, de número de empregados e de compras de matérias-primas subiram pelo quarto mês consecutivo e se mantêm acima da linha divisória dos 50 pontos. Isso mostra que os industriais esperam o crescimento da demanda, do emprego e da compra de matérias-primas nos próximos seis meses. O indicador de expectativa de quantidade exportada caiu para 54,3 pontos, mas continua acima dos 50 pontos, mostrando que há perspectivas de aumento das vendas externas.

Perspectiva de investimentos

O índice de intenção de investimento também cresceu e alcançou 56,6 pontos. Foi o quinto mês consecutivo de alta do indicador, que é o maior desde abril de 2014, quando ficou em 57,7 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos e quanto maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir.

“Esperamos que as expectativas otimistas se concretizem e que o ritmo de recuperação da atividade industrial se mantenha ou mesmo acelere nos próximos meses. Para isso, é importante que seja aprovada uma reforma da Previdência robusta, capaz de realmente reverter a trajetória explosiva do déficit público”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de fevereiro com 1.938 empresas. Dessas, 817 são pequenas, 679 são médias e 442 são de grande porte.