Falando na F + L Week 2017 sobre o futuro dos serviços técnicos de lubrificantes, Cameron Watson, gerente geral da Shell Lubricants Technology, disse que essa transformação está evoluindo a prestação tradicional de consultoria de especialistas no campo, proporcionando uma oportunidade para alavancar ferramentas e processos de automação inteligentes para entregar serviços mais impactantes e integrados.
Uma onda de digitalização tem mudado a maneira como as empresas fazem negócios por mais de uma década, forçando a adoção de modelos de negócios novos e inovadores. Nenhuma indústria é imune ao impacto da ruptura digital, e, enquanto a mudança para a tecnologia digital não é excessivamente nova, o próximo surgimento parece chegar em velocidade muito rápida, levando a um período dramático de mudança.
Claramente, a lubrificação é fundamental para a operação eficiente de muitas empresas. A entrega de serviços técnicos de lubrificantes tem a capacidade de agregar valor significativo, identificando a tecnologia mais apropriada e gerenciando-a de forma mais eficaz, para melhorar o desempenho do negócio.
Os serviços técnicos de lubrificantes e a evolução das ferramentas de automação
Watson diz que a evolução das ferramentas de automação inteligente, incluindo a computação em nuvem, os grandes volumes de dados, a internet das coisas, a inteligência artificial e a realidade aumentada estão se tornando cada vez mais relevantes para “gerar, capturar e analisar dados de tecnologias de lubrificantes e gerar oportunidades para criar valor comercial”. Ele acredita que os agentes da indústria são a chave para desbloquear essa vantagem competitiva.
Ainda assim, Watson sugere que muitos clientes subestimam o impacto potencial da lubrificação ou os custos associados a uma operação não otimizada. Durante sua apresentação no The Four Seasons Hotel em Cingapura, Watson apresentou os resultados de uma pesquisa de 1.800 clientes da Shell em todo o mundo, representando seis setores diferentes.
Clientes ainda não valorizam os lubrificantes
As conclusões são dignas de nota. Quase 60% entendem que os lubrificantes produzem algum impacto nos custos operacionais. Infelizmente, mais de 40% argumentam o contrário. Um impressionante 51% não espera que os lubrificantes de maior qualidade tenham algum impacto em seus negócios e 63% admitem treinamento insuficiente sobre lubrificantes.
“As empresas estão deixando de fazer economia significativa”, afirma Watson. Dados da Shell sugerem que os lubrificantes podem afetar até 30% do orçamento de manutenção. A pesquisa também destaca que “60% admitem erros na seleção ou gerenciamento de lubrificantes que causaram um tempo de inatividade não planejado, um quarto dos quais levou a um impacto financeiro superior a US$250,000”.
Enquanto essa falta de conhecimento pinta uma imagem “sombria”, Watson apressa-se em acrescentar que “muitos clientes de ponta estão realmente focados na tecnologia e os requisitos que elas exigem de nós”. Ele diz que cada vez mais os clientes estão vendo óleos e graxas como commodities, e é a capacidade de fornecer soluções e serviços diferenciados que é desejada. Isso apresenta uma oportunidade considerável para os serviços técnicos de lubrificantes.
O fututo é a automação inteligente
Então, o que essa onda de digitalização realmente significa no mundo dos serviços técnicos de lubrificantes? Watson sugere que estamos passando de uma fase reativa e preventiva para nos tornarmos cada vez mais perspicaz. As decisões direcionadas por dados, feitas em tempo real, o melhor acesso ao conhecimento de lubrificantes, a experiência em aplicativos e um melhor conselho sobre a seleção de produtos, todas apoiam a melhoria do custo total da propriedade.
Para permitir esses desenvolvimentos e acelerar o progresso, as parcerias com provedores de tecnologia não tradicionais são essenciais.
Enquanto ele diz que o futuro é a “automação inteligente”, Watson admite que, em um mundo de rápidas mudanças técnicas e de conectividade crescente, talvez o “futuro já tenha chegado”. Os sistemas estão cada vez mais utilizando a nuvem, temos maior foco em acessar e usar os dados, as ferramentas estão cada vez mais conectadas, muitos agentes de mercado estão usando a inteligência artificial, e as ferramentas de realidade aumentada estão começando a emergir. Juntamente com tudo isso, chega uma nova geração de funcionários com muito mais expectativas de usar os dados.