Produção de óleos básicos de GTL deve recomeçar no Qatar

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Os reparos começaram na refinaria da Pearl em Ras Laffan, no Catar, que utiliza o processo de transformação de Gás em Líquidos (GTL), e os operadores começaram a retomar a produção, um processo que poderá durar pelo menos alguns meses, disse um representante da Shell.

A refinaria de Pearl inclui uma das maiores plantas de óleo básicos do mundo, uma instalação com capacidade para produzir 1,4 milhão de toneladas métricas por ano de básicos API Grupo II e III. As interrupções na sua atividade, desde dezembro, desempenharam um papel importante na eliminação de um excesso de oferta existente há vários anos no mercado global do Grupo III.

Retomada da produção de GTL

“A retomada de produção da planta de GTL de Pearl, começou e continuará até o verão”, disse a Shell, que é coproprietária de uma joint venture de 50 a 50 com a Qatar Petroleum, em resposta a perguntas de um repórter.

O trabalho de reparo foi relatado primeiramente pela agência Reuters, em um artigo de 29 de março, baseado em indicações de um funcionário da Qatar Petroleum.

A Pearl, que abriu no final de 2010, é a maior refinaria de GTL do mundo, com capacidade para produzir 140.000 barris por dia de diesel e outros líquidos de hidrocarbonetos, e 120.000 barris por dia de líquidos de gás natural e etano. A planta de óleo básico tem capacidade para produzir 1,1 milhão de toneladas/ano de Grupo III e 300.000 t/ano de Grupo II.

A produção de toda a instalação foi afetada em dezembro, quando as unidades de gaseificação, que transformaram o gás natural em matéria-prima líquida, tiveram uma necessidade imprevista de manutenção. No dia 1 de fevereiro, as operadoras interromperam completamente as operações. A Shell, sócia-gerente da Pearl, não revelou a causa exata do problema com as unidades de gaseificadores.

Perda de produção afetou mercado global

Fontes do setor disseram que a perda da produção da Pearl foi um fator significativo, juntamente com paradas programadas de manutenção temporária em outras fábricas, no aperto do mercado do Grupo III neste ano.

Em grande parte dos últimos anos, esse segmento teve um grande excedente de oferta, que deprimiu os preços do mercado. Os preços subiram nas últimas semanas à medida que o excedente se evaporava, mas alguns dizem que o excedente poderia voltar à medida que a produção de Pearl fosse aumentando.

A Shell utiliza a maioria, senão toda a sua produção de Grupo III, para fabricar seus próprios lubrificantes acabados. Sem esse suprimento, observadores dizem que a empresa precisou explorar outras fontes, o que pode ter afetado outros produtores.