Distribuidoras
A Raízen Combustíveis, joint venture entre a Shell e a Cosan, acumulou receita líquida de R$ 68,1 bilhões em 2016, crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebtida ajustado da distribuidora teve alta de 13%, passando de R$ 2,5 bilhões, em 2015, para R$ 2,8 bilhões em 2016. Os resultados refletem o melhor mix de vendas de produtos, com maior volume de gasolina vendido, e preços praticados ao longo do ano.
Em 2016, as vendas de gasolina subiram 9,5%, compensando parte da queda na comercialização de etanol, em 19,9%. Também caíram as vendas de diesel (-1,5%) e de querosene de aviação (-7%). As vendas totais de combustíveis da Raízen caíram 1% em relação ao mesmo período de 2015.
Rede Shell
A rede de postos revendedores da marca Shell encerrou 2016 com 6.027 postos, 344 a mais do que no ano anterior. Em relação aos investimentos, foram destinados R$ 797 milhões para a Raízen Combustíveis e a meta, para 2017, é investir entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão.
Ipiranga
Em 2016, a receita líquida da Ipiranga totalizou R$ 66,4 bilhões, aumento de 2% em relação a 2015. O Ebitda totalizou R$ 3 bilhões, resultado 11% acima do verificado em 2015. O desempenho foi reflexo, entre outros itens, das movimentações nos custos dos combustíveis ao longo do ano.
Vendas totais de combustíveis
As vendas totais de combustíveis caíram 9% na comparação com o ano anterior, para 23,5 milhões de metros cúbicos. No caso da gasolina, etanol e GNV, a queda foi de 9%, passando de 12,2 milhões de metros cúbicos comercializados, em 2015, para 11,2 milhões de metros cúbicos no ano passado. As vendas de diesel também tiveram redução de 9%, de 13,1 milhões de metros cúbicos, em 2015, para 11,9 milhões de metros cúbicos, em 2016.
O resultado reflete a conjuntura econômica do país, com a piora nos indicadores de emprego, e a deterioração na relação entre o preço de combustíveis e a renda da população. A companhia também informou que o custo dos produtos vendidos subiu 1%, acumulando R$ 61,9 bilhões. No quatro trimestre de 2016, a comercialização total de combustíveis teve redução de 14% na comparação com o mesmo período de 2015, impactado principalmente pela queda nas vendas de diesel (19%).
Número de postos
O aumento no número de postos da bandeira Ipiranga ficou próximo ao da Raízen. A distribuidora encerrou o ano com 333 novos postos revendedores, totalizando 7.563 postos. O Ebtida da Ipiranga em 2016 totalizou R$ 3,1 bilhões, resultado 11% acima do verificado em 2015.
Em relação aos investimentos, a Ipiranga manteve-se como a subsidiária que recebeu mais recursos do Grupo Ultra, com R$ 1,1 bilhão investidos, sendo R$ 429 milhões na expansão da rede de postos (incluindo embandeiramento de postos bandeira branca e abertura de novos postos) e de franquias am/pm e Jet Oil, com foco, principalmente, nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Investimentos
Além disso, foram investidos R$ 64 milhões na ampliação da infraestrutura logística, por meio da construção e ampliação de bases de operação; e R$ 101 milhões em modernização de bases logísticas. Outros R$ 471 milhões foram destinados à manutenção de atividades, com destaque para renovação de contratos da rede de distribuição e reforma de postos. Para 2017, a holding manterá estratégia de investimentos na Ipiranga, com foco na ampliação da rede de postos e da infraestrutura logística.
Ultragaz
O volume de vendas da distribuidora de GLP cresceu 4%, passando de 1,7 milhão de toneladas, em 2015, para 1,8 milhão de toneladas, em 2016. No caso do GLP envasado, o aumento foi de 3%, totalizando 1,2 milhão de toneladas no ano passado. Já o volume a granel comercializado subiu 6%, alcançando 563 mil toneladas.
Esses resultados se refletiram no Ebitda da companhia, que alcançou R$ 447 milhões em 2016, 25% acima do verificado no ano anterior e na receita líquida que totalizou R$ 5,3 bilhões, crescimento 16% maior ante 2015.
Custo dos produtos vendidos
O custo dos produtos vendidos subiu 15% em 2016 na comparação com 2015, para R$ 4,5 bilhões. No quarto trimestre, o aumento do custo dos produtos atingiu 10%, fruto, principalmente, do aumento do custo do GLP e de maiores custos unitários com frete.
Em relação aos investimentos, foram investidos R$ 225 milhões na Ultragaz em 2016, volume direcionado, principalmente, para novos clientes do segmento granel, reposição e aquisição de vasilhames e manutenção das bases de engarrafamento.
Fonte: Fecombustíveis