O jogo dos fabricantes
Sabemos que o custo de um equipamento não necessariamente é o que ele acrescenta a cada unidade produzida, mas também o de colocá-lo no veículo. Em outras palavras, o de fazê-lo funcionar corretamente, com todo o desenvolvimento que isso exige. Mas boa parte dos modelos que poderiam receber ESP (ou ESC, dependendo da marca) já o receberam no exterior, o que torna o desenvolvimento teoricamente mais simples (e barato).
Itens não deveriam ser opcionais
O que Furas parece questionar é que estes itens já deveriam estar presentes nos veículos desde o lançamento. “Seria bom não ter de esperar pela boa vontade de uma marca para demonstrar esse tipo de coisas. E que os governos da região começassem a exigir as provas do LatinNCAP para todos os modelos vendidos em seus mercados.”
A intenção seria dar aos consumidores acesso ao nível de segurança que cada modelo oferece. “Pelo menos até que se incorporem as normas e seu controle apropriado, é bom o consumidor saber que tipo de segurança tem um eventual veículo que ele queira comprar”, disse Furas. “Insistimos que os governos não apenas estão atrasados nos requerimentos de segurança, mas também na correta aplicação do controle do que se produz na região. Em 2016, mostramos mais de um caso a respeito disso.”
Enquanto segurança for item de luxo, não dá para culparmos apenas a imperícia e a negligência dos motoristas sul-americanos e especialmente dos brasileiros pela enorme quantidade de mortes que enfrentamos aqui ano após ano.
Fonte: Argentina Autoblog
Fotos: divulgação