Receitas líquidas
Despesas não obrigatórias
As maiores reduções de gastos ocorreram nas despesas discricionárias (não obrigatórias), que caíram 50,4% em janeiro de 2017 em relação ao mesmo mês do ano passado, descontado o IPCA. As despesas obrigatórias, excluídos os gastos com a Previdência e o funcionalismo, caíram 23,2%, motivadas pela redução de gastos com subsídios, com a diminuição do pagamento do abono salarial provocada pelas novas regras de concessão do benefício e com a reversão parcial da desoneração da folha de pagamento.
As despesas de custeio
As despesas de custeio (gastos com a manutenção da máquina pública) caíram 40,6% no primeiro mês do ano, descontado o IPCA. Os investimentos, gastos com obras públicas e compras de equipamentos, somaram R$ 1,2 bilhão em janeiro, com forte queda real (descontada a inflação) de 79,3% em relação aos R$ 5,5 bilhões registrados em janeiro do ano passado.
As despesas do PAC
As despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal programa de investimento do governo, totalizaram R$ 786,2 milhões em janeiro, despencando 80% em termos reais em relação ao registrado em janeiro de 2016 (R$ 3,736 bilhões). Os gastos com o Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 77,9 milhões em janeiro, retração real de 87,3% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 580,6 milhões).
Previdência
Apesar da queda na maior parte dos tipos de despesa, os gastos com a Previdência Social subiram 7,5% acima da inflação em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado. Os gastos com o funcionalismo registraram alta de 5,8% acima da inflação na mesma comparação.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal, no médio e no longo prazo, reduz o endividamento do governo.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil