Novo ânimo às empresa
A queda da inflação e a redução das taxas de juros vêm dando novo ânimo às empresas ligadas ao setor de serviços. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,5 ponto em fevereiro, chegando a 80,9 pontos, e retornando ao patamar do início de 2015.
Sondagem do Setor de Serviços
Dados da Sondagem do Setor de Serviços foram divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e indicam que em fevereiro houve alta da confiança em sete das 13 principais atividades pesquisadas.
A elevação da confiança do setor foi puxada pelo Índice de Expectativa, que subiu 1,9 ponto, para 88,5 pontos, o maior nível desde outubro de 2014. Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 0,8 ponto, para 73,5 pontos, após subir 4,7 pontos em janeiro.
Entre os indicadores integrantes do índice, o destaque positivo foi o de demanda prevista, que variou 3,3 pontos, para 86,4 pontos. Já a maior contribuição negativa para a variação do ISA-S no mês foi dada pelo indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios, com queda de 1 ponto para 73,4 pontos.
Em nota, o consultor da FGV Silvio Sales confirma a melhora no ânimo das empresas de serviços no início deste ano. “A consistente queda da inflação e o início do ciclo de redução da taxa básica de juros, associados às perspectivas de implementação de reformas que abram caminho para o ajuste das contas públicas, devem estar atuando para a contínua melhora na percepção empresarial sobre o rumo dos negócios”.
Segundo Sales, o indicador continua “bastante apoiado nas expectativas, reforçando a ideia de uma transição lenta para uma fase de retomada do crescimento da atividade real do setor”.
Expectativa de contratação
Segundo a FGV, na sondagem de fevereiro, o indicador de emprego previsto subiu 0,6 ponto, alcançando 93,7 pontos.
Entre as 1.897 empresas consultadas entre os dias 1º e 22 deste mês, 12,4% planejam contratar nos próximos três meses, enquanto 18,2% afirmam que vão reduzir o quadro de pessoal. Sob a ótica trimestral, o indicador retorna em fevereiro ao nível de dois anos atrás, quando o ajuste de pessoal do setor apenas começava.
por Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil