O faturamento
O faturamento diminuiu 6% em um ano, passando de R$ 2,73 bilhões para R$ 2,57 bilhões. Em seu relatório, a empresa informa que o crescimento de 27% das exportações aliada ao aumento de 14,6% das vendas realizadas no exterior compensaram em parte a retração do mercado interno, cuja queda chegou a 37,6%.
Nas unidades do exterior
Nas unidades do exterior, a receita líquida da Polomex, no México, e da Volgren, na Austrália, cresceu 28% e 13,3%, respectivamente. No México, o resultado se deu principalmente à maior venda de ônibus rodoviários, que tem maior valor agregado, por meio de exportações a partir do Brasil, reflexo do novo modelo de negócio que possibilita à operação mexicana montar ônibus com diferentes marcas de chassis. Na unidade australiana, o crescimento da receita é decorrente do aumento de 10% das vendas.
Ao longo do ano passado, a empresa diz que adotou medidas para superar a crise, como ajustes na jornada de trabalho nas fábricas de Caxias do Sul (RS) e lay-off na unidade de Duque de Caxias (RJ). Ao mesmo tempo, lançou estratégias para impulsionar as vendas, como o programa Brasil Ponta a Ponta, que promoveu visitas a clientes em todas as regiões do País, e o projeto Negócio a Negócio na Volare, focado na redução de estoques, além de incentivo às exportações.
2017 retomada gradual na demanda
Para este ano, a encarroçadora prevê uma retomada gradual na demanda por ônibus a partir do segundo semestre, dadas as perspectivas mais otimistas das atividades econômicas no País, relacionadas a dados recentes de inflação e redução de taxas de juros.
Ônibus urbanos
No segmento de ônibus urbanos, o programa Refrota poderá fomentar novos investimentos, além dos pedidos de modernização da frota nos municípios, que também poderão alavancar vendas, após dois anos de retração. Já no de ônibus rodoviários, a demanda poderá ser incrementada pela regulamentação de acessibilidade, que passa a exigir que novos veículos produzidos a partir de julho de 2017 sejam equipados com elevadores, bem como pela obrigatoriedade de redução na idade média da frota que, até o fim de 2017, deverá ser de oito anos.
Continuam as medidas de flexibilização de jornadas, a fim de minimizar os efeitos da crise, adotados desde 2015, incluindo férias seletivas e coletivas, feriados prolongados com compensação de horas. Em janeiro deste ano, a Marcopolo concedeu férias coletivas tanto nas fábricas gaúchas quanto na unidade carioca, sendo que esta última também adotou redução de jornada de trabalho de quatro dias para este mês.