O faturamento das fábricas de autopeças caiu apenas 0,8% no ano passado, um resultado a ser comemorado se levado em conta que os principais clientes do setor, as montadoras, reduziram a produção ao menor patamar em doze anos. A queda nas encomendas da indústria de automóveis, responsável por absorver aproximadamente 60% da produção de autopeças, foi, em parte, compensada pelo canal de reposição, onde o consumo de peças cresceu 2,7% – como normalmente acontece quando o consumidor, ao adiar a troca de carro, gasta mais na manutenção do veículo que está em sua garagem.
Autopeças: dezembro gordo
Balanço do Sindipeças, entidade que representa os fornecedores de peças, mostra que o setor terminou o ano com uma grata surpresa, ao registrar, na base de comparação anual, crescimento de 20,7% no faturamento de dezembro. A ociosidade nas fábricas de componentes, de 45%, ainda é, porém, bastante alta e as montadoras voltaram a anunciar férias coletivas neste mês, num sinal de que o caminho de recuperação será longo e tortuoso. (O Estado de S. Paulo/Coluna do Broad/Eduardo Laguna)