O Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 prevê investimentos de US$ 74,1 bilhões, sendo 82% deste valor para a área de Exploração e Produção. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e à projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural.
O plano prevê também arrecadar US$ 19,5 bilhões com a venda de ativos (os chamados desinvestimentos) e parcerias entre 2017 e 2018.
A Petrobras lembrou que a busca é por recuperação da solidez financeira e reduzir sua enorme dívida, sem precisar fazer novas captações no mercado financeiro. Ao final de junho, o endividamento total da companhia era de R$ 397 bilhões.
O presidente da empresa Pedro Parente garantiu que a Petrobras “não vai ser uma empresa menor em óleo e gás” e que o crescimento da produção deverá chegar a 30% a partir de 2019.
Confira os principais pontos do Plano de Negócios 2015-2019:
– Redução de 25% nos investimentos, para US$ 74,1 bilhões em 5 anos
– Meta de US$ 19,5 bilhões em vendas de ativos e parcerias entre 2017 e 2018
– Empresa deixará setores de produção de biocombustíveis, distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e participações em petroquímica.
– Previsão de redução da alavancagem (termômetro de endividamento medido pela relação de dívida líquida/Ebitda) de 5,3 vezes em 2015 para 2,5 vezes em 2018.
– Estatal espera elevar a produção total, de 2,62 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 para 3,41 milhões de boed em 2021, sendo 2,77 milhões no Brasil
– Petrobras vê preço médio do barril de petróleo Brent a US$ 48 em 2017; para 2018, projeção é de barril a US$ 56, subindo para US$ 68 em 2019 e em US$ 71 em 2020 e 2021.
De acordo com Parente, o foco nos próximos dois anos será a recuperação da solidez financeira da Petrobras. “No horizonte total dos cincos anos desse planejamento, a nossa proposta é que a empresa tenha sido saneada, tenha padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente, mas realista, e capaz de investir e se posicionar nos processos de transição por que passa o mercado de energia no mundo”, escreveu Parente, em comunicado.
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