Gerenciar a complexidade é uma tarefa cada vez mais difícil em um mundo sujeito a grandes mudanças econômicas, tecnológicas e regulatórias, e este é o momento certo para parar, pensar e reformular.
Temos assistido, ao longo dos últimos anos, ao crescimento exponencial do investimento necessário para desenvolver novas tecnologias, e podemos antecipar que a tecnologia necessária para os produtos no futuro será ainda mais complexa. Também vimos atividades sem precedentes no desenvolvimento de uma nova onda de especificações de lubrificantes, que tem consumido grandes quantidades de recursos da indústria. Cada onda exige um investimento muito alto em pesquisa, testes, produção e distribuição, que deve ser focada na entrega de valor aos consumidores finais, em vez de apoiar processos ineficientes. Esses fatores nos levam a concluir que nossa indústria deve rever seu modelo de negócio com o intuito de minimizar o desperdício e a duplicidade, para que o aumento do investimento em tecnologia possa ser traduzido em valor para todos.
Compreendendo a complexidade
Esse desejo de mudança não é novo. O que é diferente agora é o nível de determinação em se promover o debate e o compromisso para fazer as coisas acontecerem em uma escala global. A maioria dos líderes nas indústrias de petróleo e automotiva diz que, para sobreviver, e de preferência prosperar, no ambiente econômico desafiador de hoje, “é necessário remover a complexidade.”
Não é que toda complexidade seja ruim. A boa complexidade muitas vezes estimula ou anda de mãos dadas com a inovação e cria valor para os clientes. Temos visto essa boa complexidade resultar em uma evolução impressionante do conteúdo inovador dos pacotes de aditivos e em uma explosão do número de opções potenciais para os clientes. Mas acreditamos firmemente que, onde vemos complexidade desnecessária, até mesmo destrutiva, devemos lutar pela simplificação, sendo o desenvolvimento de especificações uma das primeiras áreas a serem tratadas em conjunto.
Relevância das especificações da indústria
Não é que não haja valor nas especificações da indústria, porém, ao longo do tempo, elas se tornaram cada vez mais complexas. As especificações da ACEA, API e ILSAC foram desenvolvidas por uma boa razão: definir o nível de qualidade de um produto que proporcionará uma boa lubrificação quando usado conforme o recomendado.
Os sistemas de qualidade de lubrificantes norteamericano e europeu foram desenvolvidos há algumas décadas para atender às especificações da indústria e trouxeram, com sucesso, rigor e valor para testes de desempenho de lubrificantes para motores. Além disso, as montadoras introduziram especificações para definir os óleos adequados às necessidades específicas dos seus motores. Ambos os tipos de especificações podem agregar valor ao lubrificante; no entanto, eles também adicionam custo, e é vital equilibrar esses dois fatores para evitar uma complexidade desnecessária.
Os veículos são, e continuarão sendo, cada vez mais sofisticados para atender a metas ambientais e de desempenho cada vez mais exigentes. E, para garantir que esses novos veículos estejam suficientemente protegidos, as montadoras buscam cada vez mais lubrificantes de melhor qualidade, o que resulta em uma mudança contínua nas especificações dos lubrificantes originais.
Estamos empregando processos com mais de 40 anos em um ambiente que mudou radicalmente. Temos que questionar fortemente se o resultado de anos de mudanças graduais nos processos está realmente atendendo aos requisitos das principais partes interessadas e entregando valor ao usuário final de forma notória. Parece óbvio que essas especificações e a maneira como foram desenvolvidas estão se tornando inadequadas e que os processos por trás delas precisam ser mais eficientes e eficazes, algo em que devemos trabalhar em conjunto.
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