As montadoras não cogitam terceirizar os funcionários da linha de montagem, mas veem como positiva a nova lei de terceirização, que libera a terceirização de atividades-fim, aprovada esta semana pela Câmara dos Deputados. “A legislação trará mais segurança jurídica àquelas atividades em que já havia terceirização”, afirma Antonio Megale, presidente da Anfavea, a associação que reúne os fabricantes de veículos instalados no País.
Lei de terceirização traz vantagens
“No desenvolvimento de um carro novo, por exemplo, será possível trabalhar com terceiros em atividades mais nobres. Hoje já se faz isso, mas com o risco de ações posteriores pela não contratação”, recorda o dirigente. Ele cita também as vantagens da nova lei para as atividades logísticas e de manutenção realizadas dentro das montadoras, que muitas vezes já são terceirizadas e resultam em disputas na Justiça.
Sobre os empregos nas linhas de montagem, o presidente da Anfavea afirma que não se cogita a terceirização ou transformação dos operários em pessoas jurídicas. “O setor automotivo não aprova a precarização do trabalho”, garante.