Competitividade Brasil 2016: Brasil mantém-se na penúltima posição do ranking

376

Competitividade – Brasil penúltimo do ranking

Sumário executivo

Na comparação entre 18 países, o Brasil encontra-se na penúltima posição do ranking geral de competitividade. O país se mantém em penúltimo lugar desde 2012, quando o ranking geral começou a ser divulgado. Entre os nove fatores, apenas em quatro – Disponibilidade e custo de mão de obra, Competição e escala do mercado doméstico, Educação e Tecnologia e inovação – o país não se encontra no terço inferior do ranking (últimas seis posições). Nesses fatores, o Brasil situa-se no terço intermediário (posições 7 a 12).
Competitividade
Resumo geral do estudo: Brasil na penúltima posição do Ranking

Média Geral

Na média geral, o Brasil encontra-se na penúltima posição do ranking dos fatores determinantes da competitividade entre os 18 países selecionados, à frente da Argentina. Entre os nove fatores, apenas em quatro – Disponibilidade e custo de mão de obra, Competição e escala no mercado doméstico, Educação e Tecnologia e inovação – o país não se encontra no terço inferior do ranking (entre a 18ª e a 13ª posição). Nesses fatores, o Brasil situa-se no terço intermediário (terço amarelo).

Melhor posição

A melhor posição do Brasil entre os nove fatores é obtida em Educação (9ª posição em 15) e a pior posição em Disponibilidade e custo de capital (18ª). O resultado em Educação deve-se, sobretudo, ao bom desempenho do país na variável Gastos com educação (4ª). Ressalte-se que nas demais dimensões associadas ao fator – disseminação e qualidade da educação – o país se encontra no terço inferior do ranking. Em Disponibilidade e custo de capital, o país aparece em último lugar com a mais alta taxa de juros real de curto prazo e o maior spread da taxa de juros. Na comparação com o ranking de 20151 , o Brasil registra avanço de posições apenas no fator Educação e, dos 20 subfatores, apenas em Custo da mão de obra2 . Em quatro fatores, o país perdeu posições: Disponibilidade e custo de mão de obra, Ambiente macroeconômico, Competição e escala do mercado doméstico e Tecnologia e inovação. Em Disponibilidade e custo de mão de obra, o Brasil passou do terço superior (5ª posição em 17) para o terço inferior do ranking (11ª posição em 16). A perda foi determinada pela queda da segunda para a 10ª posição no subfator Disponibilidade de mão de obra, em razão do recuo de 10 posições em Crescimento da força de trabalho, que passou a ser negativa. O avanço da 13ª para a 12ª posição no subfator Custo da mão de obra resultou do melhor posicionamento do Brasil em Nível de remuneração na indústria manufatureira. Em Tecnologia e inovação, a perda de duas posições deve-se ao pior desempenho do Brasil em P&D e inovação nas empresas. Nesse subfator, o país caiu do terço intermediário para o terço inferior do ranking com a queda dos gastos de P&D nas empresas e a pior classificação em Capacidade de inovação das empresas.

Ambiente macroeconômico e Competição

O Brasil recuou duas posições nos fatores Ambiente macroeconômico e Competição e escala no mercado doméstico. No primeiro fator, a queda deve-se a uma inflação maior e à baixa taxa de investimento, com piora da classificação do país. No segundo fator, o recuo experimentado pelo país resulta do encolhimento do mercado doméstico – o Brasil troca de posição com a Rússia, da 3ª para a 4ª posição – e de uma concorrência no mercado interno menos intensa. No cômputo geral, o Canadá é o país melhor posicionado, sendo seguido por Coreia do Sul, Austrália, China, Espanha e Chile, que completam o terço superior do ranking. Entre os nove fatores analisados, o Canadá só não está no terço superior do ranking nos fatores Disponibilidade e custo de mão de obra e Ambiente macroeconômico. Na comparação com o ranking de 2015, o Chile perdeu uma posição, mas manteve-se no terço superior (6ª posição), sendo superado pela Espanha. O Chile registrou recuo de posições em cinco dos nove fatores. Só não apresentou perda no ranking em Disponibilidade e custo de mão de obra, Ambiente macroeconômico, Ambiente de negócios e Educação. A maior perda foi registrada em Tecnologia e inovação (2 posições). No caso da Espanha, vale destacar o crescimento no ranking no fator Disponibilidade e custo de capital (4 posições).

Terço intermediário

No terço intermediário, Tailândia e Indonésia avançaram uma posição. A Tailândia trocou de lugar com a Turquia e a Indonésia com a África do Sul. A situação no terço inferior é praticamente a mesma apurada no ranking de 2015. Os países latino-americanos selecionados, à exceção do Chile, continuam a ocupar esse terço: Argentina, Brasil, Peru, Colômbia e México, sem mudança no ranking. A outra posição é ocupada pela Índia, que avançou da 15ª para a 14ª posição, trocando de lugar com a Colômbia.
Competitividade
Demonstrativo por fator avaliado