Retomada das atividades
A associação das montadoras na Europa, a Acea, estabeleceu quatro princípios para orientar as fábricas no momento em que voltarem a operar. Alguns países, como a Alemanha, Espanha, Portugal e Rússia já autorizaram que as indústrias retomem suas atividades de forma gradual a partir de 27 de abril. Em comunicado divulgado na sexta-feira, 17, a entidade reforça que um retorno bem sucedido da indústria automobilística será vital para a recuperação econômica do continente.
“É do interesse da Europa que esse setor estratégico não apenas se recupere, mas também seja revitalizado, a fim de dar uma forte contribuição à estratégia industrial da União Europeia e à liderança do continente na inovação global”, afirmou o diretor geral da Acea, Eric-Mark Huitema.
Os quatro princípios se baseiam em definir uma estratégia coordenada em toda a cadeia, estimular a demanda do mercado para todas as categorias, acelerar os processos de licenciamento/emplacamentos e intensificar o investimento em infraestrutura de recarga e reabastecimento.
Ao tratar da definição de uma estratégia coordenada, a Acea entende que essa retomada deve ser feita com segurança, mas de maneira mais rápida possível. Essa orientação define que assim que a crise cessar, é necessário que as fabricantes e fornecedores possam de forma rápida e simultânea colocar suas fábricas em funcionamento em todos os países. Caso contrário, será impossível retornar à produção em larga escala. Neste caso, a Acea está solicitando apoio de toda a União Europeia (UE) para um reinício coordenado de atividades e investimentos ao longo da cadeia de suprimentos.
“Uma prioridade é proteger a saúde de todos que trabalham no setor automobilístico. Para esse fim, precisamos de clareza sobre as regras relevantes de saúde e segurança em cada país para quando a produção for reiniciada”, completou Huitema.
O diretor da entidade aponta que enquanto a Europa procura reiniciar sua economia, será fundamental que o transporte rodoviário e a mobilidade de veículos mais limpos sejam acessíveis a todos e em todo o continente.
“Dada a situação econômica frágil, no entanto, muitos consumidores e operadores profissionais de transporte simplesmente não podem comprar veículos novos. Portanto, seriam necessários esquemas de renovação de frota para todas as categorias de veículos em toda a UE para ajudar a relançar a demanda pelas mais recentes tecnologias de veículos”, disse.
Referente à aceleração do desbloqueio dos processos de licenciamento/emplacamentos, a entidade reforça que a paralisação atual nos serviços técnicos e nas autoridades nacionais responsáveis pelos emplacamentos está travando o processo, embora compreenda os motivos.
“Da mesma forma, se as autoridades de registro de veículos estiverem fechadas e não puderem conceder registros, empresas e clientes não poderão usar seus novos veículos”, defende.
A associação também indica a necessidade de acelerar o investimento em infraestrutura de recarga e reabastecimento em toda a UE, o que ela considera essencial para garantir que a frota possa ser renovada de maneira ecológica.