Balança comercial do mercado brasileiro de lubrificantes
Balança comercial do mercado brasileiro -O mercado brasileiro de lubrificantes é conhecidamente um forte importador de óleos básicos, atingindo em 2019 o volume de 588.690 m3 trazido de outros países, o que representou um total de desembolso aproximado de US$395,8 milhões, para esses insumos. Com relação aos óleos acabados, o total importado foi de US$124,6 milhões, com um volume perto dos 53 mil metros cúbicos. As exportações de mais de 83.000 m3 de óleo acabado, somaram US$143,6 milhões, deixando um saldo positivo nesse segmento de pouco mais de US$19 milhões.
Balança comercial – Destino das exportações
A América do Sul foi o destino principal das exportações brasileiras de lubrificantes acabados, com cerca de 86,3% do total, sendo que Paraguai e Argentina juntos representaram 48,8% desse volume. A eles se seguiram Bolívia, Colômbia e Uruguai com quase 30% e Venezuela, Chile e Peru somando pouco mais de 7,3%, e os países da América Central e Caribe foram responsáveis por comprar 4,3%. Os Estados Unidos levaram 2% e o restante foi distribuído entre 70 outros países.
Uma análise mais detalhada mostra uma grande diversidade de países e encontra entre os 15 primeiros para os quais o Brasil exportou óleos lubrificantes acabados, novidades como as Ilhas Marshall, Libéria e Bahamas.
O Brasil exportou ainda, em 2019, cerca de 6.714 m3 de óleos básicos, com uma receita de US$5,47 milhões. Como normalmente acontece, grande parte das exportações brasileiras vão para os países da América do Sul, entretanto, a novidade do ano passado foi o volume de quase 4 milhões de litros de óleos básicos enviados à Espanha, representando 58,8% do total de básicos exportados.
Importações
Com relação às importações de óleos básicos, que representou pouco mais de 76% do valor desembolsado pelo país com lubrificantes em geral, vemos uma clara hegemonia dos Estados Unidos, que enviaram para o Brasil 73,7% do volume importado, ou seja, quase 434 mil metros cúbicos. É de se observar que muitos exportadores de básicos, mesmo de outras regiões, utilizam os Estados Unidos como país de envio dos produtos para o Brasil.
A Malásia e a Coreia do Sul se sucedem na lista de exportadores, com 6,9% e 6,6% , respectivamente. Na sequência, temos Suécia com 3,5%, Barein com 3,3%, Catar com 2,5%, Emirados Árabes com 1,6% e Índia com 0,6%.
Já para os óleos acabados, os Estados Unidos continuam sendo o país com mais presença nas exportações, com 29% do total importado pelo Brasil, com forte presença no segmento de óleos para transmissões hidráulicas. Os óleos isolantes foram os responsáveis por colocar a Suécia em segundo lugar, uma vez que daquele país vieram quase 79% desse tipo de óleo. A França aparece em terceiro lugar com 14% do total de óleos importados, seguida da Alemanha com boa presença nos óleos sintéticos atingindo uma parcela de 8% das importações brasileiras.
Um fato é inegável no mercado brasileiro. O país continuará a ser importador de óleos básicos, até que haja uma mudança radical no olhar para esse segmento, que é o investimento na área de refino, para a produção de básicos dos grupos II e III, que poderia vir por meio de parcerias internacionais, uma vez que não se espera que isso possa vir da Petrobras, para os próximos anos. Até lá, e com a oferta mundial crescendo, o Brasil continuará sendo um excelente mercado para produtores internacionais.