Exportações de básicos de Grupo II
Especialistas do mercado americano dizem que as exportações de básicos do Group II dos Estados Unidos migrarão da Europa para a América do Sul e África nos próximos cinco anos, à medida que o mercado se ajusta à nova capacidade de produção europeia, principalmente após a inauguração da planta da ExxonMobil em Roterdã.
“As rotas comerciais tradicionais serão redimensionadas para evoluir com as tendências de capacidade e demanda”, disse ele.
Zehnder também previu reduções nos fluxos do Grupo II do nordeste da Ásia para o sudeste da Ásia e na direção oposta.
Os óleos básicos são cada vez mais um mercado global, e os Estados Unidos são o maior produtor e o maior exportador de óleos do Grupo II. A ICIS estima que 42% de todas as exportações do Grupo II tenham se originado na América do Norte em 2018, a maior parte desse valor proveniente dos Estados Unidos. Em 2018, a maior parte das exportações norte-americanas foi para a Europa, enquanto uma parcela menor foi para a América Latina – incluindo as exportações dos EUA para o México – e uma parcela ainda menor para o sul da Ásia.
Vinte e sete por cento das exportações globais do Grupo II tiveram origem no nordeste da Ásia – principalmente na Coréia do Sul – e quase todo esse volume foi para o sudeste e o sul da Ásia, estima a ICIS. O Sudeste Asiático foi responsável por 19% das exportações do Grupo II, e a maior parte desse fluxo foi para a Europa e o Nordeste da Ásia, principalmente a China.
A fábrica da ExxonMobil em Roterdã tem capacidade para produzir 1 milhão de toneladas por ano do Grupo II, o que representa bem mais da metade da demanda atual da região por esse tipo de óleo, de modo que tomará uma boa participação de mercado dos importadores existentes, disse Zehnder.
Maior parte das exportações de básicos virão para a América do Sul
A maior parte do volume retirado da Europa será redirecionada para a América do Sul, onde a demanda do Grupo II está aumentando. A demanda da África por esse grau API também está aumentando, e a empresa espera que uma quantidade menor seja desviada para lá.
Em 2025, o ICIS prevê que a América do Sul se tornará o maior destino do Grupo II da América do Norte e que as exportações para a África serão aproximadamente da ordem da Europa.