Importados
Vendas de importados devem cair mais que o esperado. Os persistentes resultados fracos motivaram a Abeifa, associação que representa tanto empresas que vendem localmente carros fabricados em outros países quanto companhias com plantas produtivas no País, a reduzir a expectativa para os resultados do setor no ano. Segundo a entidade, as marcas associadas devem negociar 36 mil carros, volume 40% inferior ao registrado em 2015. A projeção anterior indicava que seriam vendidos 39 mil carros.
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A revisão
A revisão acontece depois de os importadores representados pela organização registrarem redução de 41,5% nos emplacamentos, para apenas 29,8 mil unidades de janeiro a outubro. No mês passado as vendas somaram 2,6 mil unidades, com redução de 4,2% na comparação com setembro e de 33,6% sobre igual período de 2015.
“Isso indica claramente que precisamos de medidas emergenciais e de impacto, de modo a reestruturar e manter a rede de concessionárias e, por consequência, o atendimento aos clientes finais”, defende José Luiz Gandini, presidente da entidade e da Kia Motors, em comunicado. O executivo defende o fim das cotas que limitam o volume de veículos que pode ser importado sem a sobretaxação de 30 pontos. Um dos pedidos dele é que o governo libere cotas não utilizadas por alguns importadores para que as empresas interessadas possam utilizar.
“Por meio de tratamento isonômico no sistema tributário do setor automotivo, após os 35% de imposto de importação, queremos contribuir com a geração de mais empregos, além de propiciar maior arrecadação aos cofres públicos, ao voltar à normalidade comercial de veículos importados”, complementa Gandini, citando o que o protecionismo ao mercado brasileiro de veículos foi condenado pela Organização Mundial do Comércio (veja aqui).
O mercado da Abeifa
Entre as fabricantes de veículos associadas à Abeifa, o volume de vendas somou mil unidades em outubro, com queda de 4,7% na comparação mensal e de importantes 85,7% na anual. No acumulado, BMW, Chery, Jaguar Land Rover, Mini e Susuki emplacaram 9,7 mil carros. A Abeifa aponta que a grande contração é justificada porque, no ano passado, a Jeep era associada à entidade e, portanto, os emplacamentos do Renegade entravam nas estatísticas.