INDÚSTRIA 4.0 – Desenvolvimento da inovação no Brasil
O desenvolvimento da inovação no Brasil depende de projetos e estratégias que avancem na jornada da Indústria 4.0. O Inovacred 4.0, da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), e o Plano de Combate ao Backlog de Patentes, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), inciativas que caminham nesse sentido, foram os temas apresentados na 3ª Reunião Ordinária de 2019 do Conselho Temático Permanente de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento foi realizado nesta segunda-feira (29), em São Paulo.
O diretor interino de Planejamento e Gestão de Riscos da Finep, Alberto Dantas, destacou o papel do governo na inovação, além da importância do apoio da CNI em iniciativas da instituição. “Pretendemos ter uma parceria muito próxima da CNI para elevarmos a Indústria 4.0, que será um diferencial para o Brasil daqui para frente”, afirmou.
Para Hamatsu, o avanço tecnológico representa o caminho para a geração de riqueza e conhecimento. “A Indústria 4.0 é o centro das políticas industriais do mundo. Estão todos em busca de desenvolver políticas voltadas para isso”, explicou. Em sua elaboração, o programa contou com apoio técnico da Gerência Executiva de Política Industrial (GEPI) da CNI e é a primeira entrega da Câmara Brasileira da Indústria 4.0.
PATENTES E INDÚSTRIA 4.0
O avanço rumo à Indústria 4.0 também requer um sistema de Propriedade Intelectual eficiente, como nos processos de concessão de pedidos de patentes, as quais contribuem para o desenvolvimento tecnológico. Para isso, o Ministério da Economia (ME) anunciou, no início do mês, o Plano de Combate ao Backlog de Patentes, segundo tema da reunião do Conselho. Segundo o INPI, vinculado ao ME, o projeto pretende reduzir em 80% o backlog de patentes até 2021. Além disso, a partir do pedido de exame, o prazo médio de concessão deve ser reduzido para, aproximadamente, dois anos. Atualmente, o estoque é de mais de 150 mil pedidos de patentes pendentes com pedido de exame.
Na reunião, o diretor-executivo substituto do INPI, Pedro Areas Burlandy, apresentou resultados positivos da instituição nos últimos 4 anos, sobretudo na análise de pedidos de marcas, e explicou a importância do Plano de Combate ao Backlog de Patentes. “Tudo tem o seu tempo. E chega o momento em que as coisas acontecem. Para o INPI, esse momento chegou. O grande desafio sempre foram as patentes, que estão passando a ser o único desafio. Mas o problema da eficiência foi superado e de forma sustentável”.
Mirando as ambições para os próximos dois anos, Burlandy detalhou que o Plano está fundamentado em pilares como segurança jurídica, proteção ao servidor e preservação da autonomia técnica do INPI. O Plano começa a operar a partir de 1º de agosto.
Os dois programas são medidas econômicas de interesse para a indústria. O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emilio Gonçalves, destacou as ações como “ótimas notícias”. “O Inovacred 4.0 vai ao encontro do que temos discutido no Conselho como prioridade para o desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. O Plano do INPI mostra que estamos em uma fase completamente nova para a Propriedade Industrial”, finalizou.