Câmara Brasileira da Indústria 4.0
Recém lançada pelo governo federal, a Câmara Brasileira da Indústria 4.0 terá a prerrogativa de incentivar a digitalização da indústria brasileira e elevar a produtividade de micros, pequenas e médias empresas. Os detalhes do novo fórum de discussão entre o setor privado e o governo foi apresentado por Caio Megale, secretario de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, aos integrantes do Conselho Temático de Política Industrial (Copin) daConfederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (27).
“A Câmara de 4.0 é uma das iniciativas mais importantes da secretaria. Com ela, o governo pretende atuar no sentido de melhorar as condições externas para viabilizar investimentos e também de reduzir a diferença de produtividade entre pequenas e grandes empresas”, afirmou Megale.
Quatro grupos de trabalho
A Câmara é composta por quatro grupos de trabalho – Desenvolvimento Tecnológico e Inovaçao, Capital Humano, Cadeias Produtivas e Desenvolvimento de Fornecedores e Regulação, Normalização Técnica e Infraestrutura e Investimentos – dos quais fazem parte associações setoriais e entidades ligadas ao desenvolvimento industrial, como a CNI e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Grande número de conselheiros ressaltou a importância de oferecer instrumentos básicos de ganhos de produtividade para empresas, como o Brasil Mais Produtivo, programa governamental executado pelo SENAI inspirado no projeto Indústria+Produtiva, da CNI, que ajuda empresas a adotarem técnicas de produção enxuta (lean manufacturing), resultando em aumento significativo de produtividade.
“É preciso relançar o quanto antes o Brasil Mais Produtivo pois o projeto é uma alavanca para novos investimentos e mudanças. Serve de motivação para o pequeno empreendedor”, afirmou Fernando Pimentel, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), novo membro do Copin. De acordo com Megale, está nos planos do governo lançar nova etapa do Brasil Mais Produtivo, mas o anúncio ainda não tem previsão
TELECOM – Ingo Plöger, fundador da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, lembrou ainda que a agenda de digitalização só vai andar no país se a infraestrutura e o sistema tributário acompanharem as mudanças tecnológicas
“Precisamos de redes de fibra ótica modernas, capazes de ampliar a conectividade no país. Conexão é fundamental para dar vazão à economia digital. Neste momento de discussão de reforma tributária, também é importante prever um sistema de tributação que comporte uma economia com maior peso dos serviços”, disse.