A Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, confirmou que o mercado automotivo deverá crescer 11,7% até o final do ano. Apesar de ter sido a primeira divulgação de estimativa para o fim do ano, a associação admite que fatores como o dólar alto e a paralisação dos caminhoneiros têm prejudicado a fabricação de veículos tanto para o mercado interno quanto para exportação.
Apesar da aprovação do Rota 2030, os efeitos, como a redução de impostos de veículos elétricos e híbridos, ainda não serão sentidos neste ano.
Em termos de vendas, no primeiro semestre, 1.023.674 veículos foram licenciados, 115.499 a mais que no mesmo período de 2017. Em junho, 175.796 veículos foram produzidos no País, 20,7% a mais que no mês anterior, quando a greve dos caminhoneiros afetou todo o ritmo de produção da indústria. Foi o melhor mês de junho dos últimos quatro anos.
Mercado automotivo, crise e paralisação
“Com a greve, muitas montadoras tiveram de parar os serviços, o que afetou diretamente o resultado. Além disso, a Copa esfriou os ânimos dos consumidores, diminuindo as visitas às concessionárias. Mas, ainda assim, fechamos o semestre com saldo positivo”, comentou o presidente da entidade, Antônio Megale.
Em relação ao ano passado, o volume de veículos produzidos no País cresceu 21,1% em relação a junho de 2017, número que é um pouco maior ao de vendas nas concessionárias, já que parte da produção é vendida no mercado externo.
A Anfavea citou ainda que países como o México, que vive instabilidade política graças a um novo governo de esquerda, e a Argentina, em crise econômica, prejudicam as projeções, pois as duas nações são as maiores parceiras do Brasil no segmento.
Mesmo com a projeção contida, a Anfavea afirma que no segundo semestre as vendas tendem a ser melhores: “Todo ano observamos esse fenômeno, especialmente no final do ano”, lembrou Megale. (A Tarde/Guilherme Magna e Marco Antônio Jr.)