Brasil no caminho da importação

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Brasil no caminho da importação
Cresce demanda por óleos básicos dos grupos II e III

Por: Pedro Nelson Belmiro

Seguindo a tendência de recuperação já delineada ao término de 2017, quando conseguiu se estabilizar, o mercado brasileiro de lubrificantes experimentou um crescimento, no primeiro quadrimestre de 2018, perto dos 6%, com relação ao mesmo período do ano anterior. Foi um desempenho bastante promissor, retratando uma retomada da indústria e também do PIB Nacional, embora inspirando ainda alguma apreensão quanto ao desempenho final de um ano repleto de dificuldades econômicas, e com o desafio de uma disputa eleitoral sem previsões claras.

Brasil no caminho da importação
Brasil no caminho da importação

A indústria brasileira cresceu 6,9% no primeiro quadrimestre de 2018, em comparação ao ano passado, o que alavancou o mercado de lubrificantes, nesse período. A relação é óbvia: mais atividade industrial implica mais máquinas funcionando e, consequentemente, mais lubrificantes sendo utilizados. A indústria automotiva, que é a grande impulsionadora do mercado de óleos e graxas, produziu e vendeu, nesses primeiros quatro meses de 2018, algo em torno de 21% de veículos a mais do que no mesmo período de 2017. O Brasil também viu aumentar, em cerca de 28%, suas exportações de óleos acabados, tendo como foco principal a América do Sul.

A situação dos óleos básicos

Todo esse crescimento vem correlacionado com a necessidade cada vez maior de óleos lubrificantes de alto desempenho e viscosidades mais baixas, provocando diretamente o aumento do consumo de óleos básicos dos grupos II e III. O alto desempenho é requerido pelos equipamentos mais modernos, que trabalham com temperaturas e pressões elevadas, e geralmente com reservatórios pequenos, ou seja, pouca quantidade de óleo.

Dessa forma, alguns parâmetros tornam-se críticos, como a resistência ao desgaste, formação de lama e oxidação, entre outros. As viscosidades mais baixas estão diretamente ligadas ao menor consumo de combustível, consequentemente à redução de emissões veiculares, e também se tornam extremamente críticas, quando uma fina película de óleo precisa ter a resistência necessária para promover a lubrificação. Esses são os principais motivos da não aceitação de óleos básicos do grupo I nas formulações mais avançadas.

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