Lítio e cobalto
lítio e cobalto – A montadora de automóveis elétricos Tesla e a chinesa Tianqi Lithium Corp. fecharam acordos nesta quinta-feira (17) com produtores de lítio, no mais recente sinal de que fabricantes de carros, empresas de tecnologia e outras grandes empresas que utilizam de forma intensa o minério estão correndo para assegurar fontes do material, utilizado em carros elétricos e baterias de telefones celulares.
A Tesla fechou um acordo de fornecimento de três anos com a mineradora australiana Kidman Resources, quando ela conseguir produzir lítio com qualidade suficiente para que possa ser utilizado em baterias. A expectativa é de que ela alcance tal nível em 2021.
A Tianqi
A Tianqi fechou um acordo com a fabricante de fertilizantes canadense Nutrien para comprar 24% de participação na mineradora chilena Sociedade Quimica Y Minera de Chile, por US$ 4,1 bilhões.
Os movimentos ocorrem em meio à preocupação de que falte lítio e cobalto no mercado nos próximos anos, com o aumento da produção de carros elétricos. A situação está levando empresas dependentes destes minérios a fecharem acordos com companhias que ainda não começaram a produzir.
“Parece que estamos no começo desta onda de aquisições”, diz Chris Berry, fundador da consultoria americana House Mountain Partners, especializada em minerais usados na fabricação de baterias. “Você precisará muito investimento para cumprir com a demanda”.
Conglomerado japonês SoftBank
No mês passado, o conglomerado japonês SoftBank pagou quase US$ 80 milhões por quase 10% de participação na produtora de lítio canadense Nemaska Lithium. Este foi o primeiro investimento do SoftBank no setor. A Nemaska produz pequenas quantidades do minério, sendo que a mina da empresa deve atingir plena capacidade operacional no segundo semestre de 2019.
A Apple, a Tesla e a Volkswagen também estão buscando assegurar o suprimento de cobalto.
Mas a pressa dos investidores em garantir suprimentos desses minérios pode acabar sendo um movimento especulativo.
Os preços do lítio e do cobalto
Os preços do lítio e do cobalto mais que dobraram desde 2016, mas o aumento demonstra sinais de arrefecimento, diante de análises de que a preocupação com a oferta pode ser exagerada. Alguns investidores acreditam também que as indústrias podem substituir estes materiais por baterias com alta concentração de materiais mais baratos, como o níquel.