MAN ameaça liderança da MERCEDES
Com o mercado enfim de volta ao crescimento, o primeiro trimestre de 2018 foi de mudanças importantes no ranking de vendas de caminhões. Os emplacamentos totais avançaram 50,4% no período, para 14,5 mil veículos, e a líder do segmento, Mercedes-Benz, não deu conta de acompanhar o ritmo da expansão. A companhia entregou 4,3 mil caminhões e avançou 36,7% na comparação com intervalo equivalente do ano passado. Com isso, perdeu quase três pontos porcentuais de participação nas vendas, apesar de ter sustentado a primeira colocação no ranking com 29,7% de market share.
MAN Latin America
A MAN Latin America pode ser responsabilizada por boa parte da perda da concorrente. Com linha renovada de produtos, a empresa abocanhou expressivos 5,5 pontos de mercado, com 4,2 mil caminhões vendidos, volume 84,7% superior do registrado há um ano. A evolução garantiu que a montadora encostasse na Mercedes-Benz, ameaçando a liderança da companhia com 28,9% de participação nos emplacamentos. O nicho em que a MAN mais cresceu foi justamente no de semileves, segmento em que entrou há pouco tempo com a renovação da família Delivery.
Demanda por pesados puxa avanço da Volvo e da Scania
o segmento de caminhões, a demanda por pesados foi a que mais cresceu entre janeiro e março, com aumento de 89,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para 6,4 mil emplacamentos. O movimento puxou as marcas suecas Volvo e Scania, que têm tradição na categoria.
A Volvo voltou a ser a terceira marca de caminhões mais vendida do Brasil, desbancando a Ford com 1,7 mil veículos e evolução de 69%. O resultado garantiu à empresa 12,2% de market share. A Scaniatambém avançou e subiu para a quarta colocação no ranking de vendas. A empresa respondeu por 12% do total de caminhões emplacados.
Ford e IVECO em queda
A Ford Caminhões ganhou o título não muito apreciável de montadora que mais perdeu participação no mercado no primeiro trimestre. Mesmo com a oferta de produtos em diversos segmentos, a empresa vendeu menos do que a Scania. Foram apenas 1,6 mil licenciamentos, volume que é 10% superior ao de um ano atrás, mas que representa crescimento bastante inferior ao do mercado total. Com isso a marca despencou para a quinta colocação no ranking de vendas, com 11,5 de participação.
Já a Iveco manteve a sexta posição em vendas. A empresa entregou 565 caminhões nos primeiros três meses do ano e avançou 45,6% na comparação com o volume registrado no ano passado. A evolução, no entanto, não foi o bastante para manter a participação da empresa, que entregou 0,1 ponto e respondeu por 3,9% do total negociado no País.
DAF consolida expansão e chinesas somem do ranking
A DAF também expandiu seus negócios com o aumento da demanda por veículos pesados. Com 375 caminhões licenciados, a montadora elevou em 128,7% os negócios e conquistou 0,9 ponto de market share. Logo atrás no ranking de vendas, na oitava colocação, aparece a brasileira Agrale, que vendeu 13 veículos de janeiro a março, com queda de 31,6%.
As marcas chinesas, que por algum tempo mantiveram perspectiva de crescimento no Brasil, aparentemente cederam. Apesar de ter emplacado três caminhões de seu estoque no primeiro trimestre, a Foton teria abandonado os planos de produzir e vender veículos localmente. Este é o caso também da Sinotruk, apesar de dados do Renavam indicarem que a empresa fez uma venda no primeiro trimestre do ano.