A venda de motos em setembro somou apenas 66,2 mil unidades. O mês foi comprometido pelo feriado da Independência, sendo o terceiro pior de 2017 e registrando queda de 13,9% ante agosto. Como alento, a média diária de emplacamentos melhorou para 3,5 mil unidades, depois de dois meses seguidos com cerca de 3,3 mil motos por dia.
No acumulado do ano foram apenas 640,2 mil unidades, anotando queda de 17,5% ante os mesmos meses de 2016. Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.
Venda de motos
“Noventa e cinco por cento dos clientes desse setor são pessoas de baixa renda, justamente as mais afetadas pela crise e alto desemprego. A inadimplência também é alta. Hoje, a cada dez propostas de financiamento preenchidas apenas 1,5 é aprovada”, afirma o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior.
“Essa situação seria ainda pior se não fossem os consórcios, que respondem por quase um terço das vendas do setor”, diz. A Fenabrave revisou pela terceira vez as projeções para as motos. No início do ano esperava pouco mais de 1 milhão de unidades e alta de 4,4%.
Em julho corrigiu essa estimativa para 863 mil motos e queda de 13,5%. A nova correção foi ligeiramente para cima, 867,2 mil, atenuando a queda para 13,1%.
Nestes nove meses de 2017 a Honda vendeu 500,5 mil unidades e detém o equivalente a 78,2% do mercado total, mas registrou queda de 9,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Yamaha, vice-líder, emplacou 86,2 mil motos no acumulado até setembro e registrou alta de 4,8% sobre iguais meses de 2016. Suzuki e Dafra tiveram menos de 5,5 mil motocicletas lacradas cada uma nestes nove meses e apresentam quedas acima dos 40%.
Com 4,8 mil motos no acumulado, a BMW registra queda de 6,5%, mas pode reverter essa situação já no próximo mês por causa de seu novo modelo de baixa cilindrada. A recuperação da Harley-Davidson continua notável. Com 3,9 mil motos no ano, cresceu 15%.