Pesquisa revela: 85% dos consumidores preferem postos com bandeira

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Uma recente pesquisa, realizada em dezembro de 2015, pelo Ibope Inteligência, revelou: 85% dos consumidores de postos de combustível estão preocupados com a bandeira dos estabelecimentos. Desse total, 93% preferem as marcas das associadas ao Sindicom. Ainda segundo o estudo, o critério que mais impacta na preferência por uma das marcas é a confiança, seguida de atendimento e qualidade.
Hoje, os postos com bandeiras de marcas tradicionais são maioria no território nacional. Em seu último seminário de análise de mercado, em março deste ano, a ANP mostrou que, dos cerca de 41 mil postos revendedores de combustíveis líquidos, 39% são de bandeira branca. Em 2015, os postos revendedores com bandeira, que representam 61% da rede, foram responsáveis por cerca de 70% de todo o combustível comercializado por este segmento.
Esses fatos não podem ser negligenciados no momento em que um empreendedor toma a sua decisão na hora de investir. Afinal, existem peculiaridades básicas entre os dois tipos de empreendimentos, postos com bandeira e postos sem bandeira. As características de cada um mudam tanto do ponto de vista do empreendedor quanto do consumidor.
Na hora de escolher
Os postos que tem contratos com distribuidoras e, consequentemente, a garantia de abastecimento de combustíveis mesmo em tempos de crise, deixam de depender da disponibilidade de produto a cada compra. Além disso, podem usufruir de combustíveis exclusivos de cada marca. Estes, para Helvio Rebeschini, diretor de Planejamento Estratégico do Sindicom, são os principais aspectos que proporcionam maior segurança para o revendedor e para o consumidor nos postos bandeirados com marcas tradicionais:
“Um posto bandeirado geralmente tem contratos de suprimento. Suportando-o, há distribuidoras renomadas que têm o compromisso de fornecer combustível de qualidade. Existe garantia de abastecimento”, comenta Helvio, acrescentando que as grandes empresas têm à disposição desses empreendedores tecnologias que geram vantagens competitivas, como produtos diferenciados e exclusivos, aliados aos altos investimentos e estratégias de marketing de uma marca. “Esse conjunto, aliado à tradição da marca, é mais do que suficiente para colocar uma bandeira na condição de favorita pelo consumidor”.
Além disso, aspectos de segurança no transporte e manuseio do produto e com as próprias instalações do posto também são preocupações importantes das marcas tradicionais. Tecnologias e equipamentos de vanguarda são disponibilizados para proporcionar um ambiente cada vez mais seguro.
Outro diferencial consiste na assessoria que uma distribuidora pode dar ao empreendedor. Antes de iniciar um negócio associado a uma marca, uma equipe da empresa faz um estudo econômico, analisa o potencial de venda e a viabilidade do negócio. Um parecer é apresentado e discutido com o interessado, que poderá, então, tomar sua decisão.
Além de toda a consultoria pre-negocial prestada pela distribuidora, acrescenta-se aí um plano estratégico de comunicação e de mídia, assessoria na gestão do negócio e nas questões e soluções ambientais e de engenharia.
Para Cesar Guimarães, diretor de Mercado e Comunicação do Sindicom, as marcas oferecem a oportunidade de o revendedor ter um posto mais completo, já com formatações testadas e aprovadas.  Mais do que simplesmente vender o produto, o revendedor tem ao seu alcance, por meio das bandeiras, uma gama de serviços a oferecer ao consumidor.
“No caso de empreendimentos sem o respaldo de marcas, tudo tem que ser estudado e analisado pelo proprietário. Quando o revendedor opta por um posto com bandeira, além da percepção pelo consumidor de estar adquirindo um produto de qualidade e uma maior variedade de serviços, o revendedor tem à disposição os programas de fidelização de clientes e os investimentos em publicidade e propaganda que as grandes marcas fazem, gerando um melhor custo-benefício para o seu negócio”, analisa.
As lojas de conveniência são um bom exemplo desse diferencial. Uma loja de conveniência independente pode ser implantada em um posto sem bandeira.  No entanto, o estudo teria que ser feito pelo próprio empresário, ou através da contratação de uma empresa especializada. Ou seja, o custo envolvido no estudo do mercado, planificação da loja, layout, imagem etc., ficaria a cargo do revendedor, que teria que arcar  sozinho com as despesas. No entanto, nos postos com bandeira, é comum as distribuidoras arcarem com investimento financeiro ou equipamentos, conforme o caso.
Além disso, as lojas de conveniência e espaços de prestação de serviços adicionais são opcionais em todas as bandeiras, exatamente como ocorre nas unidades sem bandeira. O revendedor é livre para decidir o que é melhor para o seu negócio, contando, entretanto, com a experiência e consultoria de uma distribuidora com especialistas nos assuntos.
Aos olhos do consumidor
Os números apresentados pela pesquisa do Ibope Inteligência vêm crescendo nos últimos anos: em 2013, 18% não se preocupavam com a bandeira do posto onde abasteciam, percentual que caiu para 15% em 2014 e 2015. Indicam, também, uma tendência de consumo e traz em si informações fundamentais para as empresas que querem atender aos anseios dos clientes e, consequentemente, atrair um público maior.
A pesquisa revela, também, informações dos aspectos que mais preocupam os consumidores. Em ordem de relevância estão: confiabilidade da bandeira, atendimento, qualidade do combustível, preço, facilidade de encontrar unidades da marca, serviços eficientes de troca de óleo, respeito ao consumidor, promoções atraentes e identificação da marca com o brasileiro.
O estudo foi feito com cerca de cinco mil pessoas, em 12 estados, envolvendo homens e mulheres acima de 18 anos, das classes sociais A, B, C e D, além de motoristas e responsáveis pelo abastecimento.
Fonte: Newsletter Sindicom – Abril/2016