A função do turbo é aumentar a massa de ar admitida pelos cilindros a cada ciclo de combustão. Se há mais ar, há mais moléculas de oxigênio. Assim, mais combustível será injetado.
Explosões mais fortes
A consequência disso são explosões mais fortes, o que aumenta a potência e o torque gerados pelo motor. Por outro lado, é exercida maior pressão sobre os anéis de segmento na cabeça dos pistões.
Estes anéis têm a função de limpar o óleo das paredes do cilindro e isolar a câmara de combustão do cárter (onde o óleo está acumulado). Sob pressão, os anéis tornam-se menos eficientes e deixam o óleo passar para a câmara de combustão, onde será queimado junto com o combustível. Esta é a primeira causa.
A segunda causa vem do calor dos gases de escape.
Calor dos gases de escape
O turbocompressor é formado por duas câmaras distintas, chamadas caixa fria e caixa quente (esta a chamada turbina). Dentro delas há rotores interligados por um eixo. Quando os gases de escape passam pela turbina, esta gira, acionando o rotor da caixa fria, que por sua vez comprime o ar atmosférico para dentro do motor.
Mas os gases de escape passam por ali ainda muito quentes. Assim, o rotor (que é capaz de girar até 200.000 rpm) pode alcançar os 1.000°C em veículos de alto desempenho. Mas calma: tanto o turbo quanto suas peças móveis foram projetados para resistir a essas condições extremas.
Parte do lubrificante é vaporizado
Mas é o óleo do motor quem resfria o turbo. E a altíssima temperatura faz com que parte do lubrificante seja vaporizada, o que com o tempo também reduzirá quantidade depositada no cárter. Os turbos elétricos, que ganharão destaque nos próximos anos, podem resolver esse problema.
Por isso donos de carros turbo devem redobrar a atenção com o nível do óleo. De acordo com alguns fabricantes, é normal que o motor turbo consuma até 1litro de óleo a cada 1.000 km.