Muitas vezes confundida com a gasolina premium (que possui octanagem maior), a aditivada é um combustível que recebe aditivos para reduzir e dissolver os resíduos sólidos depositados no sistema de alimentação do motor.
Os benefícios (que não incluem melhor performance ou menor consumo, apenas um menor desgaste a médio-longo prazo) são os mesmos nos motores de injeção direta ou indireta.
Como explica Henrique Pereira, engenheiro da SAE Brasil, embora nos motores com injeção direta não exista o contato direto do combustível com o coletor e as válvulas de admissão, os vapores de combustível que retornam pelas válvulas e dutos são responsáveis por formar depósitos na admissão.
Também há o problema dos depósitos
Também há o problema dos depósitos que vão se acumulando nas áreas frias, como tanque, filtro, bomba e galeria de combustível, tudo isso antes de chegar ao injetor. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) afirma que, em veículos submetidos a uso severo (que enfrentam congestionamentos em curtos trajetos diários) sua importância seria ainda maior para manter o motor sadio.
O governo brasileiro, que nunca pareceu muito preocupado com a qualidade de nosso combustível, considera as propriedades de limpeza da gasolina aditivada tão relevantes que estuda introduzir no mercado ainda este ano o aditivo em 100% das gasolinas, como ocorre hoje em vários países do mundo.
Não há consenso
Na ponta do lápis, porém, não há consenso na relação entre o quanto o consumidor gasta mais com a aditivada e o quanto ele economiza com a limpeza do motor. Por causa disso, alguns especialistas recomendam que o motorista intercale tanques de gasolina comum (ou etanol, no caso dos flex) com tanques de gasolina aditivada, para evitar um gasto desnecessário.
Se você utiliza há um bom tempo apenas o combustível comum, porém, é bom ter cuidado antes de trocá-lo pela aditivada: nessas situações, se já houver excesso de resíduos, os aditivos podem acabar desprendendo uma grande quantidade de depósitos, entupindo de vez o sistema.