General Motors suspende operação na Venezuela

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Montadora teve bens confiscados e deve demitir 2,7 mil trabalhadores

A General Motors suspendeu suas operações na Venezuela, onde tem fábrica na cidade de Valência. Os bens da GM foram confiscados pela Força Pública venezuelana. A empresa gera 2,7 mil empregos diretos e deve demitir todos os funcionários.

Com o confisco, porém, até mesmo as contas da montadora estariam bloqueadas, o que inviabiliza o pagamento dos empregados.

Em nota, a GM informou que a fábrica foi “inesperadamente tomada pelas autoridades públicas, o que impede as operações normais. Além disso, outros ativos da empresa, como veículos, foram ilegalmente retirados de suas instalações”.

Segundo um jornal local, o confisco decorre de um litígio da montadora com um concessionário de Maracaibo, iniciado há 17 anos. O representante teria sido excluído da rede e entrou na Justiça pedindo o equivalente a US$ 47 bilhões.

General Motors se diz inviabilizada de forma permanente”

A General Motors informa que o problema inviabiliza a operação local de forma permanente e tomará todas as medidas para proteger seus bens e os direitos dos trabalhadores. Além dos postos de trabalho gerados pela fábrica existem 3,9 mil pessoas empregadas pela rede de revendas venezuelana.

A decisão do governo venezuelano foi tomada em meio a uma crise econômica e política cada vez mais grave no país. Há anos a indústria automobilística local vem enfrentando falta de matéria-prima decorrente de controles monetários complexos.

A GM chegou à Venezuela em 1944 e se instalou como fabricante em 1948. Atualmente vende os modelos Chevrolet Aveo, Cruze, Orlando e também o caminhão NPR.