Matérias-primas sustentáveis: O futuro da lubrificação

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Matérias-primas sustentáveis

Matérias-primas sustentáveis

Matérias-primas sustentáveis – No Congresso Anual da UEIL no Porto, Portugal, em outubro de 2024, a Dra. Gemma Stephenson, gerente de marketing técnico da Cargill UK, destacou como as matérias-primas sustentáveis ​​estão transformando a indústria de lubrificantes. Ela enfatizou que o setor deve equilibrar os desafios ambientais, econômicos e regulatórios, mantendo padrões de alto desempenho.

A indústria de lubrificantes há muito tempo depende de recursos petroquímicos finitos, que enfrentam crescentes pressões ambientais e regulatórias, disse ela. Stephenson enfatizou a urgência de adotar materiais de base biológica e reciclados para a transição para uma economia circular.

“Se não inovarmos agora, as gerações futuras podem enfrentar o esgotamento dos recursos petroquímicos”, alertou. As soluções emergentes incluem óleos de base biológica e modificadores de fricção à base de polímeros, que melhoram a eficiência do combustível e reduzem as emissões de CO₂.

A Cargill vem expandindo seu portfólio bioindustrial, principalmente após a aquisição em 2022 dos negócios de Performance Technologies e Industrial Chemicals da Croda International. Essa mudança fortaleceu sua presença na Europa, Ásia e EUA, apoiando indústrias que buscam alternativas sustentáveis ​​aos lubrificantes de base petroquímica.

Regulamentações que impulsionam a inovação

Políticas ambientais como o European Green Deal e a Green Claims Directive estão remodelando o desenvolvimento de lubrificantes. Stephenson observou que, embora as regulamentações representem desafios, elas também impulsionam a inovação na seleção de matérias-primas e no design de produtos.

“A conformidade não é apenas um obstáculo — é uma oportunidade de repensar a criação de produtos”, explicou ela. As empresas estão cada vez mais usando a pegada de carbono do produto (PCF) e avaliações do ciclo de vida para rastrear o impacto ambiental e tomar decisões informadas.

Stephenson enfatizou que a sustentabilidade é mais do que matérias-primas — também envolve fabricação eficiente, redução de emissões e longevidade do produto. Os lubrificantes certificados pelo selo ecológico da UE, por exemplo, atendem a padrões ambientais rigorosos, garantindo desempenho ideal.

Os processos de fabricação de baixa energia minimizam ainda mais as pegadas de carbono, apoiando a mudança da indústria em direção à produção sustentável.

A colaboração é essencial para um futuro sustentável

O caminho para lubrificantes sustentáveis ​​requer colaboração entre indústrias, academia e governo. Os setores agrícolas, que fornecem matérias-primas de base biológica, estão desenvolvendo estruturas de contabilidade de carbono para ajudar os fabricantes a atingir as metas de emissões.

“A transição é desafiadora, mas alcançável por meio de esforço coletivo”, concluiu Stephenson. “Juntos, podemos criar lubrificantes que funcionam e, ao mesmo tempo, protegem o meio ambiente e impulsionam o progresso industrial.”