Sigma Lithium não vende empresa
Depois de desistir da venda da mineradora Sigma Lithium no Brasil, a empresa conseguiu junto ao BNDES a aprovação de financiamento no valor de R$487 milhões para implantar nova unidade de beneficiamento do lítio, com um projeto destacado pela sustentabilidade socioambiental. O projeto não utiliza produtos químicos nocivos, não possui barragens de rejeitos, não usa água portável e é considerado de carbono líquido zero, pois usa energia de fonte renovável.
De acordo com a executiva-chefe da Sigma, Ana Cabral Gardner, a pressão sofrida pelo preço do lítio no mercado internacional, motivada pela desaceleração da entrada de veículos elétricos no mercado em todo o mundo, ao mesmo tempo em que a China aumentou significativamente sua produção do metal.
Dessa forma, a Sigma que já havia recebido propostas de empresas dos setores de energia, baterias, automotivo, decidiu não mais vender a empresa e expandir suas operações e foi em busca de financiamento do BNDES.
O valor total do investimento é de R$492,4 milhões e a meta é aumentar a capacidade produtiva de 270 mil toneladas/ano para 520 mil t/ano de concentrado de lítio, na unidade de Itinga no vale do Jequitinhonha – MG.
“Ficamos muito honrados na Sigma com a aprovação do BNDES do financiamento da nova unidade industrial carbono zero da Sigma Lithium com tecnologia verde no Vale do Jequitinhonha. Nossa primeira planta industrial ‘greentech’ tornou-se um exemplo global de beneficiamento do lítio de forma ambientalmente sustentável, com agregação significativa de valor econômico para todos os stakeholders e a sociedade”, diz Ana Cabra-Gardner, CEO e co-presidente do conselho da Sigma Lithium.