API fala de novas tecnologias e sustentabilidade de lubrificantes no IBP

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Sustentabilidade de lubrificantesSustentabilidade de lubrificantes

Sustentabilidade de lubrificantes – Em webinar promovido pela Comissão de Lubrificantes do IBP, no dia 12 de julho, o Instituto Americano do Petróleo (API), trouxe informações relevantes sobre categorias emergentes para novas tecnologias e sustentabilidade de lubrificantes. representado pelo Sr. Bill O’Ryan, Gerente Sênior do Sistema de Certificação e Licenciamento de Óleo de Motor (E.O.L.C.S), além de outros. As recente classificação API SP e a proposta PC-12 foram amplamente detalhadas ao público que assistiu pelo Youtube.  A Sustentabilidade dos lubrificantes mereceu um enfoque especial, com o lançamento do Relatório Técnico API TR 1533 que está disponível gratuitamente no site do API.

Delma Quintanilha, responsável pelo escritório do API, localizado no Brasil, encarregada da América Latina, África, Portugal e Espanha, reforçou o objetivo do API em apoiar a indústria a trabalhar com mais segurança e eficiência, confiabilidade, rentabilidade e sustentabilidade em todas as partes do mundo. Ela lembrou que dentre os programas que a entidade desenvolveu atendendo a uma demanda do mercado para o estabelecimento de normas, o mais relevante para o público interessado nos lubrificantes é o que faz a certificação e o licenciamento de óleos automotivos, chamado de E.O.L.C.S., que, em alguns países, já serve como um filtro de entrada para a comercialização de um óleo automotivo.

Novas categorias para novas tecnologias

Bill mostrou que na escala das categorias de óleos para motores do ciclo Otto, a última lançada foi a API SP, em 2020, contemplando também sete novos testes de motores e limites para pré-ignição em baixas velocidades (LSPI), economia de combustível e retenção desse parâmetro, melhor durabilidade do motor e proteção contra desgastes.

novas tecnologias Já para os óleos para motores pesados, Bill comentou sobre o requerimento da indústria automotiva para uma nova categoria, em substituição às atuais CK-4 e FA-4. Esse projeto tem o nome de PC-12 (Proposed Category 12) e tem como diretriz o controle da poluição do ar nos novos motores pesados. “A nova categoria, que será a primeira a considerar os padrões modernos de poluição do ar (Clear Air Standards) para motores pesados, em mais de 20 anos, que são 80% mais robustos que os padrões atuais. É esperada para iniciar com os modelos de 2027”, disse Bill.

Combatendo a falsificação

Bill O’Ryan disse ainda que a falsificação de produtos existe e é um tópico de preocupação para a indústria automotiva. Esses produtos, além de prejudicar o consumidor, podem comprometer o desempenho dos motores e a integridade da indústria. Não é um problema limitado a uma única região ou país, infelizmente é um fenômeno global e nenhuma marca está imune a esse crime. Até mesmo alguns símbolos do API foram encontrados no mercado com falsificações grosseiras. “Encontramos um símbolo starburst para veículos a diesel, quando o API só tem esse tipo de marca para os óleos de motora a gasolina”, lembrou Bill.

O API tem trabalhado diretamente com os produtores licenciados, quando existe uma suspeita de fraude em seus produtos, fornecendo os resultados de teste e a fonte das informações, amostras quando requeridas e apoio a futuras investigações pelo produtor. Se se tratar de empresa que não está licenciada, o API trabalha para retirar o produto do mercado, cessar o uso de sua marca e alertar os consumidores, providenciando uma notificação pública.

Sustentabilidade tornou-se o foco global

A sustentabilidade tem se tornado o foco global de todo o tipo de indústria e não seria diferente com os lubrificantes. Existe, entretanto, uma necessidade de uma clara definição de uma terminologia aceitável e uma metodologia para análise do ciclo de vida dos óleos.

Já tem sido detectado um grande interesse por parte dos consumidores de lubrificantes por métricas de sustentabilidade dos produtores. “Dessa forma, o desenvolvimento de guias para calcular essas métricas tornou-se uma área crítica para o API direcionar sua atenção, já que a indústria busca reduzir e avaliar as emissões de gases do efeito estufa”, comentou Bill.

Em junho de 2021 o API formou um Grupo de Trabalho de Sustentabilidade dos Lubrificantes para definir terminologias e identificar melhores práticas para a avaliação do ciclo de vida dos lubrificantes e especialidades no mercado e promover consistência através da indústria. A ideia foi produzir práticas recomendadas pelo API e coordenar grupos da indústria automotiva, como: ILMA, ATIEL, UEIL e ALIA, ligando os esforços globais de sustentabilidade do setor.

Em maio deste ano, o API publicou o Technical Report (TR) 1533, Lubricants Life Cycle Assessment and Carbon Footprint – Methodology and Best Practice, para promover uma harmonização de conceitos para a indústria e auxiliar a aumentar a confiança do consumidor com referência às alegações de sustentabilidade dos produtos comercializados. Esses lubrificantes incluem óleos de motor, fluidos de transmissão, graxas e óleos industriais como fluidos térmicos, hidráulicos e óleos de engrenagens.

O relatório TR 1533 já se encontra disponível e gratuito a todos no site do API e também pode ser apreciado no Portallubes, no endereço https://portallubes.com.br/normas/

novas tecnologiasApós a apresentação, Bill O’Ryan ficou disponível para responder às várias perguntas dos participantes que assistiram ao webinar, transmitido via Youtube pelo site do IBP, e que está disponível para todos em https://www.youtube.com/watch?v=Io5oZpwf4Ig