Caminhões elétricos no Brasil
A XCMG pretende produzir caminhões elétricos no Brasil, em sua fábrica instalada em Pouso Alegre (MG), em dois anos. Até lá, disse o vice-presidente Tian Dong, vice-presidente na região, a empresa espera construir uma rede local de fornecedores e, também, aguardar novas políticas industriais voltadas para o segmento de veículos elétricos.
“Vamos passo a passo. O primeiro foi trazer ao mercado brasileiro uma oferta de modelos importados. A próxima será construir uma rede fornecedores locais para inciar a produção em dois anos”, contou o executivo na quinta-feira, 1º, durante lançamento de linha de caminhões em Araçariguama (SP).
Ainda de acordo com o executivo, a ideia é que em um primeiro momento seja realizada na fábrica de Minas Gerais a montagem de chassis e cabines por meio de componentes produzidos localmente por fornecedores. Baterias e outros componentes do powertrain elétrico, como controladores de inversores, serão importados da China, onde fica a sede da fabricante.
Dong explicou que esse primeiro estágio enquadria os caminhões elétricos da empresa no escopo do Finame, que é a linha de crédito do BNDES que financia a aquisição de máquina e equipamentos. Para acessar aos recursos do banco, o produto financiado precisa ter um determinado porcentual de peças e componentes produzidos no país.
A fábrica de Pouso Alegre, inaugurada em 2014, recebeu até hoje US$ 500 milhões e tem capacidade para produzir 10 mil veículos/ano. Ali, por ora, são produzidos os veículos que formam a oferta da companhia para o segmento fora de estrada.
XCMG começa no Brasil com caminhões elétricos importados
Enquanto não produz localmente, a empresa inicia sua operação comercial do mercado de caminhões com modelos importados. Na quinta-feira, a montadora apresentou o caminhão elétrico E7-49T 6×4. O modelo tem capacidade para carregar até 49 toneladas e tem autonomia de 150 km por carga completa. Foi apresentado pela primeira vez na Agrishow, em maio.
Segundo Ricardo Senda, diretor de veículos elétricos, o modelo tem aderência às operações urbanas de última milha e também tem aplicação em operações confinadas. Na oportunidade do lançamento a empresa mostrou uma versão do E7 equipada com um sistema de baterias configurado para operações em que há troca do equipamento por outro já carregado.
“Temos em estoque cerca de 200 veículos para atender ao mercado nacional”, disse Senda. “Há algumas unidades em testes em clientes e, por enquanto, iniciaremos as vendas da forma direta. No futuro, queremos contar com uma rede de concessionários”, completou.