Lubrificantes encobrem contrabando de combustíveis no México

Quase metade da gasolina que o México importa é contrabando, e desde 2020 houve um aumento das importações de lubrificantes, sem qualquer apoio à atividade econômica.

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Contrabando de combustíveis no México

Contrabando de combustíveis no México

Contrabando de combustíveis no México – De acordo com um relatório divulgado pelo Serviço de Administração Tributária (SAT), pelo menos 47% da gasolina importada no país no ano passado era contrabando. A importação ilegal de gasolina, diesel e condensados ​​de gás atingiu um novo recorde nos últimos anos.

O órgão de fiscalização estima o contrabando de combustíveis e outros derivados de petróleo em 102 milhões de barris no ano passado, um aumento de 122% em relação a 2018, quando o valor reportado foi de 45,8 milhões de barris.

O governo federal estabeleceu como uma de suas principais metas a redução da importação ilegal de combustíveis, conhecida coloquialmente como ‘huachicol fiscal’, que ocorre sob a mecânica de trazer o produto ao país sob outras rubricas tarifárias e, assim, evitar o pagamento dos impostos que são fixados na gasolina e no resto dos produtos do tipo.

Quem importa combustíveis ilegalmente costuma declará-los como “lubrificantes”, o que evita o pagamento do Imposto de Renda Especial (IEPS).

“Desde 2020 houve um aumento das importações de lubrificantes, sem qualquer apoio à atividade económica. Estes produtos não estão sujeitos ao pagamento de IEPS, pelo que são utilizados como meio de evasão para introduzir hidrocarbonetos pelas alfândegas terrestres”, refere o SAT no documento.

Desde o início de 2021, o Ministério da Energia, a Comissão Reguladora de Energia (CRE) e o SAT iniciaram um processo de verificações periódicas dos terminais de armazenamento, importação, transferência e outros pontos da cadeia logística para fiscalizar os procedimentos de internação de gasolina, em busca de irregularidades relacionadas à importação ilegal de combustíveis.

Também endureceu as regras de comércio exterior, o que inclui a eliminação de alguns pontos de importação de gasolina. Entre outras coisas, limita a participação de empresas privadas no internamento de hidrocarbonetos, derivados de petróleo e biocombustíveis em locais não autorizados, como alfândegas ou instalações controladas.

De acordo com as novas regras, apenas as duas empresas estatais –Pemex e CFE– e todas as suas subsidiárias podem ser autorizadas a entrar essas mercadorias por esses sites, que são utilizados quando as mercadorias não podem entrar no país por sua natureza ou volume e que envolve menos vigilância do que é importado.

O SAT diz que, como resultado da importação ilegal de combustíveis, a arrecadação do IEPS diminuiu cerca de 58 bilhões de pesos em 2021 em relação ao ano anterior.

O relatório afirma que a introdução ilegal de combustíveis mudou e agora ocorre principalmente por via terrestre, por meio de caminhões e caminhões-tanque. Isso depois que mudaram os comandos nas alfândegas marítimas e que continham o internamento através das alfândegas marítimas.

Segundo informações oficiais, o erário público perde anualmente 12.000 bilhões de pesos em receitas fiscais derivadas do não pagamento de impostos relacionados com a atividade.