Mercado de Graxas
Mercado de Graxas – Desde a retirada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP da exigência de registro de produto para óleos industriais e graxas lubrificantes, o mercado brasileiro vem discutindo a melhor forma de lidar com a nova situação, buscando cada vez mais informações e conhecimento técnico para atualizar produtores e consumidores na direção de uma possível autorregulamentação.
Motivada por essa necessidade e atendendo às expectativas do mercado, a Editora Onze promoveu, nos dias 20 e 21 de outubro de 2021, o 1º Encontro com o Mercado de Graxas, um evento virtual que contou com a participação de grandes expoentes do segmento, desde o maior produtor nacional de graxas até a participação da entidade americana NLGI e de consultoria internacional, passando por desenvolvedores de tecnologia específica.
A abertura do evento trouxe uma visão do mercado brasileiro de graxas, com números e participações, trazendo um painel com a presença do editor da revista Lubes em Foco, Pedro Nelson Belmiro, e do conhecido consultor Manoel Honorato, que fizeram uma abordagem sobre os impactos no mercado da legislação vigente, a competição do setor por matérias-primas, com ácidos graxas e o hidróxido de lítio e o que se deve esperar para um futuro próximo.
Foi mostrado no painel que o mercado de graxas apresentou um crescimento superior ao mercado de óleos lubrificantes, sendo uma das causas apontadas, a quantidade de novos participantes registrados nesse mercado e, portanto, com os seus números entrando nas pesquisas.
A questão da liberação dos números do mercado de graxas por parte da ANP continua sendo um pleito antigo do mercado, ainda se o devido atendimento. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis possui os dados de venda de graxas lubrificantes, que poderiam trazer um balizamento mais preciso ao mercado, porém não liberar esses números.
A participação de mercado de graxas no Brasil é dividida pelas empresas mostradas no gráfico de pizza, com a Iconic liderando, com mais de um terço do mercado.
Manoel Honorato lembrou que o mercado de graxas enfrenta uma grande competição por matérias-primas, com mercados cada vez mais crescentes, como o lítio para as baterias de carros elétricos e os ácidos graxos de soja e de palma, que são utilizados também pela indústria do biodiesel. Além disso, o consultor também explicou as dificuldades e desafios que o mercado vem enfrentando na busca por uma autorregulamentação e uma concorrência saudável.
A Lubrizol trouxe o especialista Eider Santos para falar sobre a nova especificação para graxas multiuso de alto desempenho, HPM lançada pelo NLGI este ano. Eider fez uma comparação com a atual especificação ASTM D4950, que tem desafios importantes pela frente, como os avanços tecnológicos de materiais e equipamentos automotivos, além de baixa repetibilidade e reprodutibilidade. Segundo ele, a ideia da nova especificação é aumentar os intervalos de relubrificação, melhorar a resistência a altas cargas, maior eficiência a baixas temperaturas e outras melhorias. A nova especificação apresenta ainda 5 subcategorias, tomando como base um grupo de especificações denominado Core e adicionando qualidades como resistência à água, resistência à corrosão por água salgada, capacidade de carregar cargas, vida longa e boa performance a baixas temperaturas.
Clique na imagem abaixo e leia o restante do artigo na revista digital “LUBES EM FOCO – edição 84” :