Linha de caminhões vocacionais
De olho no crescimento inesperado do setor de construção neste ano, a Volvo amplia sua linha de caminhões vocacionais com a nova versão VM Light Mixer, dedicado ao implemento betoneira. O modelo se destaca por ser 900 kg mais leve do que a opção VM 8×4 tradicional, o mais utilizado da marca para esta aplicação. A opção chega pelo preço de R$ 385 mil, sem considerar opcionais, cerca de 15% a 20% a mais do que a versão tradicional.
“Já tínhamos um produto de referência em betoneiras e fomos consultados por concreteiras para fazer um caminhão ainda mais leve. Por isso desenvolvemos essa nova versão do Volvo VM, que permite transportar mais carga útil”, afirma Clóvis Lopes, gerente comercial de caminhões da Volvo. |
As modificações foram feitas em parceria com implementadores. O primeiro Volvo VM Light Mixer recebeu a nova betoneira Liebherr, também projetada para ganho em capacidade. A tara total do conjunto caminhão + betoneira baixou quase 2.500Kg, para 11.650 Kg, possibilitando transportar até 1 m³ a mais de concreto, dentro da lei da balança.
“A Volvo aprimorou o caminhão, reduzindo o peso sem comprometer a reconhecida robustez do veículo”, declara Jeseniel Valério, gerente de engenharia de vendas de caminhões.
Entre as modificações, a Volvo agora utiliza ligas especiais de aço mais leve e resistente para o chassi e para-choque, nova distância entre-eixos mais curta, que auxilia na melhor distribuição de peso na betoneira, quarto eixo direcional dianteiro, que diminui o arraste dos pneus e permite manobras em raios curtos, comuns em canteiros de obra.
O motor continua o 270 cv, mas na nova versão VM Light Mixer ganha a transmissão manual de nove marchas, mais leve que o câmbio de 10 velocidades do VM 8×4. Adiciona-se a isso a suspensão elevada e a cabine curta, que facilita as manobras nos canteiros, além de conjunto óptico de luzes diurnas em led. Como opcional, a cabine pode receber assento duplo no banco de passageiros.
Volvo aumenta participação no mercado de caminhões de construção
Em um ano de mercado atípico, a Volvo mais que dobrou suas vendas de caminhões para o setor de construção, que apesar da retração geral da economia, vem registrando crescimento mês a mês: dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, apontam que em agosto o nível de atividade teve índice similar ao de 2011, um dos melhores da década.
Da mesma forma, a indústria brasileira de caminhões aumentou suas vendas para o segmento de betoneiras em 58% no acumulado de janeiro a setembro, de acordo com dados da Anfir, associação das fabricantes de implementos. O segmento vem apresentando evolução positiva desde o segundo trimestre, mesmo com o auge da pandemia.
Em nove meses, a Volvo vendeu 154% a mais do que no mesmo período do ano passado. Com isso, sua participação no mercado de construção aumentou de 11,3% para 17,8% na comparação anual.
“E agora com o novo VM Light Mixer, queremos conquistar ainda mais espaço num momento em que a demanda por este tipo de veículo está em alta, e o setor dá sinais de recuperação contínua”, complementa Clóvis Lopes, gerente comercial de caminhões da Volvo.
Embora o setor de construção ainda não tenha voltado ao nível pré-pandemia, os negócios com veículos vocacionais continuam crescendo em todas as regiões. Segundo Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo no Brasil, atualmente, o mercado brasileiro de caminhões específicos para o setor de construção é estimado entre 6,5 mil e 7 mil unidades, sendo que a empresa possui 23% de participação. Ele aponta que a marca vem numa crescente constante no segmento há quatro anos.
““Acredito que a demanda pelos caminhões de construção continua sendo puxada tanto pelo segmento imobiliário quanto o de infraestrutura, este último a partir de parcerias público-privadas e com a aprovação do marco legal de saneamento básico. Além disso, temos que lembrar no envelhecimento da frota: hoje, as betoneiras têm uma idade média entre 8 e 10 anos, é uma frota muito velha e há uma demanda reprimida neste sentido, “ avalia Cavalcanti. |
Em sua visão de curto prazo, o mercado continua a crescer, mas indica que ainda assim é difícil prever como o segmento poderá se comportar no ano que vem.
“O que vemos para os próximos nove meses são tendências, mas ainda não se sabe como a economia em geral vai impactar o mercado de caminhões, como o mercado vai reagir com o fim do auxílio emergencial, que de alguma forma, movimenta as economias locais, como será com o desemprego em alta ou ainda como tudo isso vai impactar o PIB”, argumenta.
Apesar disso, o executivo se mostra otimista com o mercado geral de caminhões: “No caso da Volvo, há grandes frotistas que já estão fazendo encomendas para o ano que vem, algo em torno de 200 a 300 unidades que vão tomando conta da produção inicial de 2021. As fábricas em geral estão sim com dificuldade de entrega, as filas de espera variam de 30 a 120 dias. Por isso, estamos até com dificuldades na nossa rede de revendas de caminhões seminovos, com até 5 anos de uso, porque aumentou muito a demanda e as fábricas não estão conseguindo entregar com tanta rapidez”, indica.