Instituto Americano de Petróleo
Instituto Americano de Petróleo – As formulações de óleo de motor para serviços pesados que atendem às especificações API CK-4 e FA-4 estão no mercado há pouco mais de três anos. Como o setor continua o movimento em direção a viscosidades mais baixas, a revista Insight conversou com a Especialista Técnica em Engenharia de Fluidos da Caterpillar, Hind Abi-Akar, sobre suas opiniões a respeito da necessidade de bifurcação contínua dessas especificações, para garantir que formulações futuras atendam às necessidades divergentes das aplicações de veículos comuns de estrada e os chamados “fora de estrada” (off-road).
O Instituto Americano de Petróleo (API) publica padrões para óleo de motor desde a década de 1940, que geralmente foram desenvolvidos para proteger tecnologias de motor, tanto novas como as existentes. Esses padrões atendem às regulamentações governamentais e garantem que testes adequados estejam em vigor. Em 2016, o API introduziu duas novas categorias de serviço API CK-4 e FA-4 ao mesmo tempo, algo que não havia sido realizado desde as API CF e CF-2 em 1994.
“As categorias de óleo API definem o nível de qualidade dos óleos para motores pesados (HD) e ajudam os clientes a selecionar o produto certo para proteger seus motores. Impulsionado pelas regulamentações de emissões de gases de efeito estufa nas estradas, o novo API FA-4 tem um limite de viscosidade em alta temperatura e alto cisalhamento (HTHS) mais baixo do que as outras categorias. Isso significa que a API FA-4 é a primeira categoria específica para uso em estradas e, ao contrário de todas as outras, não é intercambiável e nem compatível com as versões anteriores API CK-4, CJ-4, CI-4 PLUS, CI-4 e CH-4”, explica Hind.
Enquanto mais de 1.350 produtos API CK-4 já tenham sido licenciados, as licenças API FA-4 acabaram de ultrapassar a marca dos 100. Apesar desses números, Hind vê um papel potencial para lubrificantes de menor viscosidade em aplicações HD, embora bem específicas.
“Percebo interesse no uso de óleos de motor de baixa viscosidade”, confirma ela. “Isso não é apenas motivado pelas melhorias potenciais de eficiência que eles podem oferecer, mas também, considerando que os óleos para serviços leves tendem a diminuir suas viscosidades, os usuários finais procuram a uniformidade do fornecimento para ajudar a reduzir os custos de manutenção. No entanto, além do potencial de economia de combustível, os óleos de menor viscosidade também podem oferecer outros benefícios. Por exemplo, o óleo pode chegar mais rapidamente aos componentes críticos na partida do motor, podendo-se ter a válvula de desvio do filtro de óleo mais rapidamente fechada, permitindo mais tempo de filtragem, e a obtenção de um resfriamento mais eficaz para os componentes. Mas esses ganhos devem ser cuidadosamente equilibrados com a durabilidade, porque isso é absolutamente crítico para os motores HD”, acrescenta Hind.
Leia o restante do artigo na revista LUBES EM FOCO – edição 76, apresentada abaixo: