Mercado de lubrificantes cresce 6,1% no primeiro semestre

1454

Mercado de lubrificantes

O mercado brasileiro de lubrificantes encerrou o primeiro semestre de 2019 com um crescimento de 6,1%, em relação ao mesmo período de 2018.  Esse número só não foi maior devido à forte queda apresentada no mês de junho. BR Distribuidora, Iconic e Cosan continuam na liderança do mercado, mas participação de pequenas empresas cresce significativamente.

Mercado de lubrificantes desacelera em junho

A força do mercado brasileiro de lubrificantes chegou ao máximo no mês de maio, quando o acumulado do ano superava o mesmo período do ano passado em 11,5%, animado pela ótima performance da indústria automotiva. Essa mesma indústria, que recuou quase 15,5% no mês de junho, foi, em parte, grande responsável também pela queda de quase 20% do volume de lubrificantes vendidos naquele mês, com relação a maio, levando o acumulado do semestre ao patamar de 6,1% superior ao mesmo período de 2018.

De acordo com o presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes, o recuo de junho é explicado por férias coletivas em algumas montadoras, paralisações devido a mudanças em linhas de produção, além de quedas nas exportações e três dias úteis a menos, ante maio.

Market share com poucas mudanças

A participação de mercado das grandes empresas, componentes da Associação Plural, não se alterou muito, com a BR Distribuidora mantendo a liderança, com 20% de mercado, seguida da Iconic com 19,3%, Cosan com 14,6%, Shell com 8,8% e Petronas com 8,2%. Entretanto, a performance total das empresas da Plural não foi superior ao mesmo período de 2018, tendo suas vendas diminuído em cerca de 0,9%.

Mercado de lubrificantesO alto desempenho dos pequenos produtores fez com que sua participação passasse dos 21,4% atingidos em 2018, para 24,7% nesse primeiro semestre de 2019. De acordo com os números publicados pela ANP, alguns produtores apresentaram percentuais de crescimento extremamente elevados, tendo como campeã a empresa Marcio Benedito Vecchi – Eirele, com um aumento nas vendas de 94%, em relação ao primeiro semestre de 2018, ocupando a 10ª posição no ranking nacional com 1,4% de mercado.

Segundo os volumes informados pela ANP, estranhamente a produção de lubrificantes no período foi consideravelmente superior às vendas, gerando um excedente acima dos 43%.

Óleos básicos não acompanham expansão

Com relação aos óleos básicos, não foi observado o mesmo crescimento, em relação ao ano passado, ao contrário, o volume total recuou cerca de 5,4%, ficando em 659.418 metros cúbicos, tendo as importações respondido por quase 40% desse volume. O crescimento nesse segmento se deu no óleo básico rerrefinado, com um volume de 124.151 m3, correspondendo a um aumento de oferta da ordem de 1,9%, em relação ao primeiro semestre de 2018.

O básico de grupo II produzido pela Lwart Lubrificantes representou cerca de um terço do volume de rerrefinados vendidos no mercado, e a empresa segue líder nesse segmento com 43,2% de mercado, seguida por Petrolub com 17,1%, Lubrasil com 12,0%, Proluminas com 10,3%, Tasa com 9,7, Fenix com 4,1% e Ind. Petroquímica do Sul com 3,0%, tendo ainda outros somando 0,6%.