Vendas de veículos
O crescimento de 12,5% das vendas de veículos acumuladas entre janeiro e maio na comparação com igual período do ano passado já é maior do que a previsão das próprias fabricantes, que por enquanto preveem para 2019 um volume 11,4% maior do que o de 2018. Os mais de 1,08 milhão de veículos emplacados nos cinco meses completos do ano representa o melhor volume desde 2015 para o período, segundo dados divulgados na quinta-feira, 6, pela Anfavea, associação das montadoras. O volume representa a soma dos segmentos leve e pesados.
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Resultado isolado de maio
No resultado isolado de maio, o mercado registrou o licenciamento de mais de 245,4 mil unidades, o que representou aumento de 5,8% sobre abril e avanço de 21,6% contra maio de 2018. De acordo com a entidade, é o melhor volume para o mês desde maio de 2014.
Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, apesar da expectativa cada vez menor para o crescimento do PIB – cujas previsões começaram o ano indicando alta de 2,5% para 2019 e agora figuram para um aumento de 1,2% a 1,3% – a entidade continua apostando em aumento das vendas para o ano. Por enquanto, as fabricantes mantêm a previsão de que o volume total de veículos novos (leves mais pesados) neste ano será 11,4% maior que o de 2018, o que significa 2,86 milhões de unidades licenciadas. No entanto, o executivo admite que a Anfavea deverá rever suas projeções em um “momento oportuno”, mas não deixa claro se essa revisão também afetará os número previstos para o mercado ou se a nova análise será concentrada nos números de exportações e produção do setor.
“Historicamente, o segundo semestre é sempre mais positivo do que o primeiro em termos de vendas e esperamos que isso se confirme, mas temos que ficar atentos”, afirma o presidente da Anfavea se referindo aos desdobramentos do cenário político e seus impactos na economia. |
Moraes reforça a posição da Anfavea ao defender a urgência da aprovação da reforma previdenciária. “Não consigo imaginar que a reforma [da previdência] não seja aprovada pelo tamanho das consequências que isso por de trazer. Seria o caos”, alerta. “O que preocupa é o déficit fiscal. A reforma não vai colocar dinheiro na mesa, mas vai trazer um ambiente mais favorável como um todo, inclusive para investimentos”, completou.
Em sua análise, o presidente da entidade acentua que neste momento a confiança tanto do consumidor quanto da indústria estão na linha tênue entre o otimismo e o pessimismo, mas atenua a condição reforçando que a inflação e a taxa de juros estão sob controle.