Baixas viscosidades e as emissões de carbono
Por: Chris Castanien
Baixas viscosidades – Reforçando a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas e o movimento dos reguladores europeus para abraçar um futuro de baixo carbono, existe agora um apoio político internacional avassalador para reduzir as emissões de gases do efeito de estufa, tanto per capita como em percentagem da produção mundial.
Desde a virada do século, tem havido uma tendência crescente para os reguladores europeus reduzirem as emissões de carbono nos carros de passageiros do continente. Uma meta até 2015 para os carros de passageiros atingirem 130 gramas de carbono por quilômetro foi substituída por uma meta mais rigorosa até 2021 para 95 gramas por quilômetro. Os resultados desses regulamentos foram reduzir as emissões nos veículos de passageiros em 21,6% e, nos próximos seis anos, os reguladores esperam uma redução adicional de 27%.
Na América do Norte, a situação é muito semelhante. Em 2016, os reguladores exigiram que os carros de passageiros alcançassem emissões não superiores a 139 gramas por quilômetro. Em 2025, uma redução adicional de 89 gramas por quilômetro foi exigida. O efeito dessa regulamentação tem sido reduzir as emissões em carros de passageiros em 21%, nos últimos 13 anos, e uma expectativa adicional de 37% nos próximos dez anos. Os caminhões leves também foram submetidos a regulamentações de emissões cada vez mais rigorosas. Uma meta de 191 gramas por quilômetro até 2015 levou a reduções de emissões para esses veículos de 16% nos últimos 13 anos. Nos próximos 10 anos, os reguladores esperam uma redução adicional de 29% com base na meta de 136 gramas por quilômetro até 2025.
No entanto, ainda existe um conflito entre o desejo dos consumidores por um melhor desempenho, economia de combustível, e as demandas dos reguladores por emissões reduzidas. Conforme a administração anterior, no governo Obama, somente na América do Norte, o resultado dessas regulamentações proporcionaria uma economia significativa de custo para os consumidores na bomba, reduzindo drasticamente o consumo de petróleo, cortando a poluição e criando empregos. No entanto, na América, os motoristas ainda são leais a seus veículos, e a pick-up mais vendida nos últimos 35 anos foi e continua sendo a Ford F-150.
Se as corporações errarem, as multas são severas. Nos Estados Unidos, os fabricantes enfrentam uma taxa de US$5,50 por cada 0,1 milha por galão multiplicada pelo tamanho da frota, por não cumprir as metas de emissões. Mas os consumidores dos EUA, ao mesmo tempo, não toleram carros pequenos ou preços mais altos de combustível, e os fabricantes de automóveis estão ficando desesperados para encontrar qualquer melhoria de emissões que não afaste seus consumidores.
Reconciliar as visões dos reguladores e dos consumidores pode não ser uma tarefa fácil; entretanto, a mudança para óleos de baixa viscosidade pode fornecer um menor impacto para os fabricantes. Os dados de campo e laboratoriais mostram claramente os benefícios dos lubrificantes de baixa viscosidade para reduzir as emissões, mantendo a economia de combustível e desempenho. Projetar mudanças nos motores para permitir o uso de lubrificantes de baixa viscosidade é relativamente barato. Quase todos os fabricantes de equipamentos originais (OEMs) estão usando ou avaliando óleos de ultra-baixa viscosidade, como o 0w-20 ou mais fino, e a expectativa é que até 20% do mercado da América do Norte migrarão para o 0W-XX no curto prazo. Isso tem um grande impacto para os fornecedores de óleos básicos. A mudança para 0w-20 pode não ser o destino final da tecnologia de motores. Relatório da Fuels&Lubes Asia informou, em março de 2017, que a JASO, a organização japonesa de padronização, estava introduzindo a especificação 0w-8, em abril de 2019.
Leia o restante do artigo na revista LUBES EM FOCO – edição 72, apresentada abaixo: