Exportação de veículos
A exportação de veículos em abril somou 34,9 mil unidades, volume 10,5% menor que o de março. O acumulado de janeiro a abril teve 139,5 mil embarques, resultando em queda de 45% em relação ao mesmo período do ano passado. O motivo é a recessão no mercado argentino, que representava entre 70% e 75% das vendas externas do Brasil e atualmente tem fatia abaixo de 60%. Em valores, as exportações de veículos brasileiros caíram 41,5% ao somar US$ 3,3 bilhões. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Não há perspectiva de melhora para a Argentina
“Não há perspectiva de melhora para a Argentina neste ano, com inflação de 55% (ao ano) e taxas de juros de 70%”, afirma o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. O executivo recorda que a eleição presidencial é mais um motivo de incerteza em 2019 em relação ao país vizinho, que impediu o crescimento da produção brasileira de veículos.
As montadoras continuam buscando novos mercados como forma de atenuar a retração argentina. “Aumentamos as exportações para a Colômbia e entraremos em países da África com veículos leves”, afirma Fabrício Biondo, primeiro vice-presidente da Anfavea.
Forte queda em leves e pesados
Entre janeiro e abril o Brasil exportou 133,2 mil automóveis e comerciais leves, 44,5% a menos que em iguais meses de 2018. E os embarques de caminhões, 3,6 mil, resultaram em queda de 64% em relação ao primeiro quadrimestre de 2018. As exportações de ônibus caíram também, mas em 18,3% porque os fabricantes brasileiros têm tradição em exportar para outras nações além da Argentina, como Colômbia e Chile.
A exportação de máquinas agrícolas e rodoviárias de janeiro a abril somou 3,9 mil unidades. Registrou pequena queda de 2,7% porque o Brasil também tem enviado seus equipamentos para outros mercados que não o argentino. Os embarques de tratores de esteiras cresceram 42,2% e os de retroescavadeiras, 9%. O que puxou as exportações para baixo foram os tratores de rodas (-17,8%).