Política de preços
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras (SA:PETR4) anunciou nova mudança em sua política de preços, com alteração na periodicidade dos reajustes do diesel nas refinarias, que acontecerão agora em intervalos não inferiores a 15 dias, segundo comunicado da estatal nesta terça-feira.
Em paralelo, a companhia pontuou que sua subsidiária de combustíveis BR Distribuidora (SA:BRDT3) está desenvolvendo para implantação em período estimado de 90 dias um cartão de pagamentos que viabilizará a compra de diesel por caminhoneiros a preço fixo em postos com bandeira BR.
Maior preço desde setembro
O anúncio vem após o preço do diesel nas refinarias da Petrobras ter tocado em meados deste mês o maior nível desde setembro de 2018, em meio a reajustes da companhia que acompanham a alta do petróleo e o câmbio.
Em meio do ano passado, altos preços do diesel levaram a uma greve histórica de caminhoneiros que praticamente paralisou o país e obrigou o governo a negociar um subsídio ao combustível, em episódio que culminou também com a saída do então presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Alinhamento com o mercado internacional
A Petrobras pontuou nesta terça-feira que continuará a praticar preços alinhados ao mercado internacional no diesel, mas utilizará mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, para suavizar a periodicidade dos reajustes.
No início deste ano, após o final de uma política temporária de subsídios ao diesel, a Petrobras já havia anunciado que usaria mecanismos de hedge para manter os preços do combustível estáveis por períodos de até sete dias em momentos de elevada volatilidade.
“Ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação e nível de participação no mercado”, afirmou a empresa.
Antes da greve no ano passado, a Petrobras vinha praticando uma política de reajustes até diários da gasolina e do diesel em suas refinarias.