Diminui a intenção de investimento
Depois de cinco meses consecutivos de alta, o Índice de Intenção de Investimento na indústria caiu 1,2 ponto na comparação com fevereiro e ficou em 55,4 pontos. Mesmo assim, o indicador está 6,5 pontos acima da média histórica que é de 48,9 pontos, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta segunda-feira (25) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de intenção de investimento varia de zero a cem pontos. Quanto maior o indicador, maior é a disposição dos empresários para investir.
Queda do índice
A queda do índice reflete o recuo na confiança dos empresários em relação às perspectivas futuras dos negócios. Todos os indicadores de expectativas caíram entre fevereiro e março. O índice de expectativa sobre a demanda caiu para 59,6 pontos, o de compras de matérias-primas diminuiu para 57 pontos, o de número de empregados recuou para 51,9 pontos e o de quantidade exportada foi para 54 pontos. “Mesmo com o recuo, todos os índices ainda estão distantes dos 50 pontos, ou seja, apontam expectativas de aumento da demanda, das compras de matérias primas, do número de empregados e das exportações nos próximos seis meses”, diz a pesquisa.
ATIVIDADE MODERADA
Além disso, a Sondagem Industrial confirma o fraco ritmo de recuperação da atividade. Em fevereiro, o Índice de evolução da produção ficou em 48,5 pontos. Mesmo abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o indicador mostra que a queda na produção foi menos intensa do que nos meses de fevereiro dos últimos oito anos. “Ressalte-se, contudo, que a ocorrência do carnaval em março, e não em fevereiro, como usual, pode responder, ao menos em parte, por esse resultado”, avalia a CNI.
Na avaliação do economista da CNI Marcelo Azevedo, a aceleração do ritmo de crescimento da economia depende da aprovação das reformas estruturais. “O avanço das reformas deve melhorar o ânimo dos agentes econômicos e estimular a produção, o emprego e o consumo”, afirma Azevedo.
O emprego também diminuiu em fevereiro. O índice de número de empregados ficou em 48,9 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos e dos 49,6 pontos registrados em fevereiro de 2018. Os indicadores de produção e de emprego variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos indicam queda na produção e no emprego.
O nível de estoques subiu e ficou acima do planejado pelos empresários O indicador de nível de estoques em relação ao planejado aumentou para 51,1 pontos, acima dos 49,7 pontos registrados em fevereiro de 2018.
O nível de utilização da capacidade instalada ficou em 66% e está 2 pontos percentuais acima do de fevereiro de 2018. A utilização da capacidade instalada está 5 pontos percentuais abaixo da média registrada nos meses de fevereiro entre 2011 e 2014, antes da crise.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 19 de março com 2.016 empresas. Dessas, 822 são pequenas, 714 são médias e 480 são de grande porte.