Recuperação da atividade industrial em outubro

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Recuperação da atividade industrial
Indústrias

Recuperação da atividade industrial

Após um mês de setembro fraco, a atividade industrial mostrou fôlego em outubro, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A produção aumentou em ritmo superior ao observado no ano passado. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual (p.p.) e foi a 69%, mais próxima do usual para o mês.

O índice de evolução da produção passou de 47,2 pontos, em setembro, para 54,7 pontos em outubro. Ao ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, o índice, que mostrava queda da produção, passou a registrar crescimento. Esse aumento da produção entre setembro e outubro supera o observado no mesmo período de 2017.

 

O índice de evolução do número de empregados, por sua vez, encontra-se na linha divisória de 50 pontos, ou seja, mostra que o emprego industrial se manteve inalterado em outubro.

 

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) alcançou 69% em outubro. O percentual é 1 ponto percentual (p.p.) superior ao observado em setembro. Com isso, a UCI se mantém, pelo terceiro mês consecutivo, 2 p.p. acima do registrado nos mesmos meses de 2017.

 

O resultado de outubro também supera o dos dois anos anteriores (+4 p.p. na comparação com outubro de 2016 e +3 p.p. na comparação com o mesmo mês de 2015). Por outro lado, segue 5 p.p. abaixo da média do registrado no mesmo mês do período entre 2011 (início da série mensal) e 2014.

 

O índice de UCI efetiva em relação ao usual, por sua vez, aumentou 3,1 pontos, para 45,9 pontos. Embora permaneça abaixo da linha divisória de 50 pontos, o índice se aproximou desse nível, o que significa dizer que a UCI em outubro foi mais próxima do usual para o mês. O índice é o maior desde outubro de 2013, quando registrou 46,7 pontos.

 

O índice de evolução dos estoques ficou em 50,7 pontos, o que revela aumento dos estoques entre setembro e outubro. Com isso, os estoques ficaram ligeiramente mais próximos do planejado do que estavam em setembro – mas ainda há algum excesso. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado recuou de 51,2 pontos para 50,8 pontos.

Após dois meses de queda, o otimismo do empresário cresceu em novembro. Os índices de expectativa de demanda, compras de matériasprimas e quantidade exportada já estavam acima da linha divisória de 50 pontos (ou seja, mostravam perspectivas de crescimento), e agora se afastaram dessa linha.

Já o índice de expectativa de número de empregados passou de 49,1 para 50,9 pontos, ou seja, as expectativas, que eram de queda, se reverteram: o empresário espera contratar nos próximos seis meses. Ademais, todos os índices de expectativas superam o observado em novembro de 2017.

 

Por fim, a intenção de investir do empresário industrial aumentou em novembro. Após dois meses de relativa estabilidade, o índice aumentou 4,1 pontos e foi a 55 pontos, valor 4,4 pontos maior que o registrado em novembro de 2017. O índice supera sua média histórica em 6,6 pontos.