Balança comercial de autopeças
A balança comercial de autopeças atingiu déficit de US$ 5,2 bilhões no acumulado de janeiro a outubro de 2018. O valor é 15,5% mais alto que o registrado no mesmo período do ano passado. As exportações somaram US$ 6,6 bilhões, 8% a mais na comparação interanual, mas as importações continuam puxadas pela produção automotiva e totalizaram US$ 11,8 bilhões, valor 11,1% mais alto que o anotado nos mesmos dez meses de 2017. Os números são do Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.
Retração na Argentina
Parte do déficit decorre da retração na Argentina, principal destino dos componentes nacionais. O envio de US$ 1,8 bilhão em autopeças ao país vizinho resultou em queda de 4,2% ante os mesmos meses do ano passado. Os Estados Unidos permanecem no segundo lugar no acumulado do ano, com US$ 1,2 bilhão, mas a crise no país vizinho permitiu que os embarques aos EUA em outubro superassem os da Argentina pelo segundo mês consecutivo.
A China
No caminho oposto, a China permanece como o principal fornecedor de autopeças para o Brasil, seguida de perto pela Alemanha. O país asiático enviou ao Brasil US$ 1,54 bilhão em componentes, 19% a mais na comparação interanual.
A Alemanha
A Alemanha forneceu nestes dez meses US$ 1,45 bilhão em autopeças, um aumento de 31,3% que decorre sobretudo do crescimento da produção de caminhões e automóveis por montadoras de matriz alemã. O terceiro maior fornecedor de autopeças ao Brasil são os Estados Unidos, que seguem de perto a Alemanha com US$ 1,33 bilhão no acumulado do ano.
A diferença do primeiro para o segundo e deste para o terceiro é de cerca de US$ 100 milhões. Para o México (quarto colocado, com US$ 1,1 bilhão) é de pouco mais de US$ 200 milhões. O Japão vem colado ao México, com US$ 1,05 bilhão.
Essas diferenças relativamente pequenas indicam o quanto a indústria automobilística brasileira é atrativa e disputada para diferentes montadoras e fornecedores mundiais.