Serviço de locação
A Volkswagen Caminhões e Ônibus – VWCO – está lançando junto ao Banco Volkswagen um novo serviço de locação para atender os clientes do semileve Delivery Express, de até 3,5 toneladas de PBT. O modelo caçula da linha Delivery chegou ao mercado em maio deste ano e é classificado como VUC, Veículo Urbano de Carga, podendo trafegar em áreas onde há restrição de circulação de caminhões maiores, além de permitir ser guiado por motoristas com carteira de habilitação categoria B, a mesma exigida para automóveis.
Segundo o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da VW Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche, a modalidade foi pensada para o perfil de cliente que precisa do veículo para o transporte dentro do seu negócio e encontra na terceirização a melhor maneira de focar em seu core business, sem se preocupar com gerenciamento de frota.
“Embora 90% do perfil deste cliente opte pelo CDC quando o assunto é financiar um veículo de carga, muitos ainda encontram dificuldade de aprovação de crédito. Como o Delivery Express é uma categoria que não permite Finame e o leasing é pouco formatado para esse perfil, a locação se coloca como uma ferramenta ideal para quem não quer se preocupar com a despesa de manutenção do veículo”, explica Alouche.
O plano de locação é operado pela Fleet Solutions Brasil, empresa do Grupo Volkswagen, com prazo mínimo de 36 meses. No contrato, o cliente escolhe o implemento, que pode ser baú ou carga seca, define o prazo e a quilometragem de acordo com o perfil de negócio. O valor da mensalidade já contempla emplacamento, IPVA, licenciamento, contrato de manutenção Volkstotal e ChameVolks (serviço 24 horas). Além disso, os clientes também poderão solicitar outros serviços que serão calculados e acrescidos nos valores mensais, tais como seguro, pneus e fretes.
Assim como no arrendamento mercantil (leasing), aqueles que optarem pelo aluguel do Delivery Express terão ainda a possibilidade de comprar o veículo ao final do plano de locação, devolvê-lo sem ônus ou ainda renovar o plano.
“Pretendemos expandir [a locação] para toda a linha Volkswagen e MAN, inclusive ônibus, mas estamos começando pelo mais leve para posteriormente avançar para o mais pesado”, diz Alouche. Ele acrescenta que a empresa já estuda outras possibilidades do modelo de contrato para os demais modelos de caminhões, como o restante dos modelos da linha VW Delivery, VW Constellation e mesmo o MAN TGX, incluindo contratos mais longos.
“É um trabalho que está começando a ser feito na rede de concessionárias e pelo Banco Volkswagen, que vai estudar o perfil do cliente e oferecer as opções de acordo com cada perfil, porque a ideia é exatamente essa, de oferecer ferramentas que atendam a empresas de diversos segmentos e portes”, disse. “Ainda não há contratos fechados, estamos na fase de introdução da modalidade, mas há uma expectativa muito positiva, a rede já nos reportou muitos interessados e potenciais clientes”, revela. “Eu diria que não é o tipo de modalidade que vai revolucionar o mercado, mas acredito que é uma alternativa que vai crescer muito”, analisa.
Embora admita que o valor mensal do aluguel possa sair um pouco acima do valor de um consórcio, por exemplo, ele defende que o aluguel é bastante vantajoso: “Não há o custo que vem depois, quando você é contemplado pelo consórcio, porque terá que arcar com outras despesas, como IPVA, implementação e emplacamento, entre outros.”
Alouche lembra também do revés que o sistema financeiro está vendo este com entre a participação do CDC – crédito direto ao consumidor – e do Finame TLP do BNDES nos contratos de financiamentos de veículos comerciais, cujas novas regras de formatação juros ficaram tornaram as duas modalidades muito equivalentes. O executivo garante que para empresas de grande porte o Finame ainda é a modalidade de crédito dominante, mas nas médias e pequenas o CDC avança com força. Atualmente, 51% das vendas da VWCO/MAN são feitas via Finame, uma fatia que já foi de 95% há anos atrás, como em 2011, quando oferecia juros negativos com o PSI (Programa de Sustentação do Investimento). “Hoje, a participação do CDC já corresponde a 49% do total das vendas e a tendência é que até o fim do ano o CDC supere o Finame.”